Para o pensador britânico Eric Hobsbawn, a crise econômica global pode equivaler, à direita, o que significou o colapso da União Soviética para a esquerda.

Em entrevista à BBC, o historiador marxista discorreu sobre esse e outros assuntos relativos às atuais instabilidades no setor financeiro internacional, seus aspectos político-ideológicos e possíveis desdobramentos.


Para o pensador britânico Eric Hobsbawm, a crise econômica global pode equivaler, à direita, o que significou o colapso da União Soviética para a esquerda.

Em entrevista à BBC, o historiador marxista discorreu sobre esse e outros aspectos das atuais instabilidades no setor financeiro internacional e seus possíveis desdobramentos.

Entre os temas tratados, Hobsbawm destaca a orientação quase “teológica” dos operadores dos mercados nas três últimas décadas, o que teria dificultado a reflexão e o debate mais amplo sobre as possíveis consequências da dinâmica do capitalismo global. E que, uma vez ocorrido o choque, novamente é aberto espaço para circulação de vozes e idéias dissonantes. “Sem dúvida, a partir de agora falaremos mais de (John Maynard) Keynes e menos de (Milton) Friedman e (Friedrich) Hayek”, atesta o inglês.

Para Hobsbawm, o grande perigo deste momento de incertezas é que, por conta de uma virtual ausência da esquerda no processo, a direita acabe surgindo como grande beneficiária do atual momento de descontentamento.

O historiador lembra, também, que a existência da crise pode abrir caminho para um processo controlado de globalização financeira que, com maior participação do Estado na economia, reduza a distância entre as nações ricas e pobres.

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