Pesquisa realizada pelo DataSenado revelou que 70% dos brasileiros concordam com a aprovação do projeto de lei que torna crime a discriminação e o preconceito contra homossexuais. A relatora do projeto (PLC 122/06) na Comissão de Assuntos Sociais é da senadora Fátima Cleide (PT-RO).

A pesquisa, realizada por telefone entre os dias 6 e 16 deste mês, entrevistou 1.122 pessoas maiores de 16 anos residentes em capitais brasileiras. A maioria dos entrevistados é do sexo feminino (54%), reside na Região Sudeste (48%), possui o nível médio (51%), está na faixa etária entre 20 e 29 anos (24%) e tem renda familiar entre dois e cinco salários mínimos.

O maior índice de concordância com a proposta foi apresentado pelos entrevistados da Região Sul (73%), com nível superior (78%) e idade entre 16 e 29 anos (76%). Já os menores índices encontram-se entre os ouvidos na Região Centro-Oeste (55%), os que cursaram até a quarta série do ensino fundamental (55%) e pessoas com mais de 30 anos (67%).

Evangélicos defendem proposta

No que se refere à religião, a criminalização de atos de preconceito contra homossexuais é defendida por 55% dos evangélicos, enquanto 39% deles querem a rejeição do projeto de lei. Entre as outras religiões, o que inclui a católica, mais de 70% defendem a aprovação da proposta. Ainda de acordo com a pesquisa, 79% dos brasileiros que se declaram ateus aprovam a criminalização da homofobia.

Para a senadora Fátima, o resultado era esperado, mas ela não imaginava uma aprovação tão alta (70%). “Este resultado reflete o amadurecimento da sociedade, que não aceita a discriminação, o preconceito. São valores que a sociedade luta para superar, e vamos superar um dia, não tenho dúvida”, diz a senadora.

O DataSenado fez a pesquisa após aumento expressivo de telefonemas registrado pelo serviço de atendimento Alô Senado com comentários sobre o assunto – no último ano, o Alô Senado recebeu 140 mil manifestações, número recorde desde 2003.

Publicado no portal do PT, com informações da Assessoria do Senado e da senadora Fátima Cleide.

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