Curso de formação reuniu alunos/as do Brasil e da América Latina
Durante 15 dias alunos e alunas do Curso de formação em política internacional tiveram aulas com estudiosos e especialistas da área internacional. Ásia, África, Europa, Estados Unidos e muito mais integrava o programa do curso realizado pela Fundação Perseu Abramo em parceria com a SRI/PT e apoio da Fundação Rosa Luxemburgo.
Apesar de considerarem o prazo de 15 dias muito pequeno para a quantidade de informações recebidas, alunos e alunas enfatizaram a importância do aprendizado para sua militância em seus locais de origem.
Os temas tratados pelos professores no curso foram reproduzidos no livro Curso de formação em política internacional, organizado por Mila Frati: A teoria, as instituições e os grandes temas das relações internacionais/A evolução histórica da Europa (Kjeld Jakobsen), Retalhos para uma história dos movimentos contra a globalização neoliberal (Gustavo Codas), Capitalismo, imperialismo e relações internacionais (Valter Pomar), Um olhar sobre a Ásia/Um olhar sobre a Índia (Wladimir Pomar), A Santa Rússia: Modernização e atraso (Daniel Aarão Reis Filho), O petróleo do Golfo Pérsico, ponto-chave da estratégia global dos Estados Unidos (Igor Fuser), Altos e baixos na África Austral (Beluce Bellucci), A América Latina na história do capitalismo (Roberto Regalado), A trajetória do Brasil: Construção nacional e inserção internacional (Alexandre Fortes), A política internacional do Brasil e suas fases (Paulo Fagundes Visentini), Rupturas e continuidades da política comercial do governo Lula (Fátima Mello) e Integração regional e construção da democracia na América do Sul (Ana Maria Stuart).
Leia alguns depoimentos de alunos/as:
“Trabalho na secretaria internacional da Frente Ampla, no que se refere ao relacionamento com partidos de esquerda, mas sobretudo com os da américa Latina, e o Foro de São Paulo. E o conteúdo desse curso, da forma que está conformado, é fundamental para trabalhar com a área internacional. Nas primeiras aulas já mostrou que é de extrema importância aprofundar sobre Estados Unidos, África, Ásia. E também para colocar países pequenos. como Uruguai no contexto internacional é preciso conhecer este contexto.“
Alvaro Coronel Raimúndez, Frente Ampla do Uruguai
“No Espírito Santo, com o PAC, estamos vivendo mudanças muito profundas – petróleo, gás etc. São novos marcos, é o que chamamos de 3° ciclo de desenvolvimento no Estado. Como nos inserimos na questão dos portos, da infra-estrutura? O PAC propõe alterações na lojística. Trouxemos alguém da Cepal para nos ajudar. E nesse momento, temos conflitos grandes de direitos humanos, meio ambiente, energia e alimentação, enfim, migração, vários temas duros de tratar. E isso nos desafia a dar respostas, principalmente por sermos comprometidos com os direitos humanos e também porque estarmos à frente a muitos municípios no Estado.”
Tânia Maria Silveira – coordenadora do setorial Direitos Humanos do PT/ES
“Estou começando a trabalhar com política internacional na universidade e também no zonal de Pinheiros (capital de SP). Queria ter panorama maior sobre como as relações internacionais são trabalhadas pelo PT. A América Latina é tema que também tem aparecido com bastante freqüência no diretório. É preciso ter maior clareza sobre o que se está falando. Essa iniciativa é muito bacana, muita coisa vem enriquecer. E muitas vezes nos focamos no local e perdemos a visão geral.”
Guilherme Nascimento – São Paulo
“O que me chamou para esse curso foi a possibilidade de ter contato com pessoas do Brasil todo e do exterior pensando relações internacionais. Voltei de Cuba em 2003 e nunca tinha feito curso desse porte, de 15 dias concentrado. Isso facilitou muito. Quando sair daqui, quero multiplicar o debate na região, colocar dentro do PT a importância dessa secretaria e dessa relação latino-americana. Tenho interesse na questão afro e não temos outro lugar onde podemos estudar questões etnico-raciais a partir das relações internacionais. Ao voltar, quero discutir essa questão da África na diáspora.”
Suzete Paiva Lima – Vitória da Conquista
“Atuo na bancada do PT e assessoro a comissão do Mercosul, além de integrar o coletivo de Relações internacionais do PT no Rio grande do Sul. O Mercosul é assunto constante na puta do Estado, afinal, o estado é exportador e vem sofrendo muito com impacto das transformações internacionais. O Estado tem relação próxima com O Uruguai e a Argentina. Estamos aprofundando o debate das relações internacionais e vamos reproduzir este curso lá, em breve. É um trabalho que terá um impacto muito bom tanto no partido como fora dele. Porto Alegre foi palco internacional por muitas vezes: pela realização do Fórum Social Mundial, pela proposta de formação do Mercocidades, do Fórum de Autoridades locais etc. Mas hoje, depois que o PT saiu da prefeitura, vemos que houve retração da inserção do estado cenário internacional.”
Gilson Alberot – Rio Grande do Sul
“O curso é de grande utilidade tanto para o meu partido, para o meu país e para mim. Os países latino-americanos precisam se conhecer; e conhecer principalmente aqueles com maior salto tecnológico. Os partidos precisam discutir relações internacionais. Nosso partido tem muita experiência na questão internacional. É o partido de José Francisco Gomes, pelo grande ativismo internacionalista, muito conhecido na América Latina e grande parte do mundo, por seu ativismo na solidariedade internacional. Hoje a região vive o avanço científico, e nesse sentido países pequenos como o nosso precisam elaborar novas estratégias de negócios, e nesse sentido cursos como esse são extremamente importantes.”
Carlos Peguero Rivera – Partido Revolucionário Dominicano.
“Desde o momento que recebi o comunicado de que haveria o curso, me empenhei muito para fazê-lo, porque acredito que vivemos o reflexo de tudo o que aconte4ce internacionalmente. O Brasil faz parte desse processo. De maneira que conhecendo a luta dos trabalhadores, os sistemas de governo, aprofundamos esses temas, podemos entender melhor nossa realidade e contribuir para elaboração de políticas públicas com vistas a inclusão social. Esta é nossa grande preocupação: o fortalecimento dos movimetos, A maneira como vemos que as coisas vão se transformando. É esse o nosso desafio: nossa luta enquanto trabalhadores, movimento social, e a forma de fazer de maneira mais acertada; conscientizar as pessoas nos nossos municípios e nos nossos estados e seu fortalecimento como luta e movimento social.”
Lucilei Martins Guedes – vice-prefeita de Tucumã/PA