Comparativamente aos brasileiros jovens e adultos não idosos (16 a 59 anos), a população idosa brasileira urbana (60 anos e mais) é mais feminina, declara-se mais da cor branca, é mais católica e sobretudo menos escolarizada – metade é atingida pelo analfabetismo funcional.

Comparativamente aos brasileiros jovens e adultos não idosos (16 a 59 anos), a população idosa brasileira urbana (60 anos e mais) é mais feminina, declara-se mais da cor branca, é mais católica e sobretudo menos escolarizada – metade é atingida pelo analfabetismo funcional.

A população idosa reside em domicílios com menor renda familiar, porém mais em casas próprias que a não idosa. Metade passou a maior parte de suas vidas no campo – ou viveu no campo tanto quanto nas cidades –, enquanto entre os não idosos predomina a vivência urbana.

Entre os homens idosos prevalecem os casados, a maioria vive com a mulher e ao menos um filho, sendo a parceira a pessoa que lhes dá mais atenção. Entre as idosas prevalecem as viúvas, a maioria vive com um filho ou filha, de quem recebe mais atenção.

Em média residem 3 pessoas nos domicílios em que vivem – contra 4 pessoas nas casas em que não há idosos – e a maioria considera-se chefe de suas famílias. Quase toda população idosa tem alguma fonte própria de renda – sobretudo aposentadoria – e contribui para as despesas da casa.

  • Na população idosa acentua-se o desequilíbrio por gênero: 57% são mulheres e 43% homens, contra 48% de homens e 52% de mulheres entre a população não idosa.
  • Segundo a classificação de cor do IBGE, 41% da população adulta não idosa declaram-se brancos, 37% pardos e 14% da cor preta. Entre os idosos, metade declara-se de cor branca (51%), 31% pardos e 12% da cor preta.
  • Esse “embranquecimento” dos idosos é ratificado na classificação por ascendência racial: entre não idosos 40% dizem ter ascendência negra e branca e 27% só branca; entre os idosos 42% declaram ascendência branca e 30% negra e branca.
  • Com relação à religião, a predominância da católica (62% na população não idosa) se acentua entre os idosos (73%). A evangélica é maior entre os não idosos (26%) do que entre o total de idosos (21%), mas entre as idosas é 11 pontos percentuais (26%) mais alta que a observada entre os homens idosos (15%).
  • Entre adultos não idosos, 80% passaram a maior parte da vida em cidades e apenas 14% no campo. Já entre os idosos apenas metade passou a maior parte da vida no meio urbano (51%), 38% viveram mais tempo no meio rural e 10% dividiram seu tempo de vida entre a cidade e o campo.
  • Cerca de um quarto dos idosos brasileiros provêem de família de imigrantes (24%), italianos e portugueses são as origens de maior procedência (8% e 7%, respectivamente)
  • Entre os idosos 89% não passaram da 8ª série do ensino Fundamental (18% não tiveram nenhuma educação formal) e apenas 4% chegaram ao 3º grau de escolaridade (completo ou incompleto). Entre os não idosos 44% não passaram do Fundamental (2% não freqüentaram escolas) e 15% chegaram ao ensino Superior.
    • Entre a população idosa o analfabetismo funcional totaliza 49% (13% entre não idosos): 23% declaram não saber ler e escrever (2% dos não idosos), 4% afirmam só saber ler e escrever o próprio nome (1% dos não idosos) e 22% consideram a leitura e a escrita atividades penosas (8% dos não idosos), seja por deficiência de aprendizado (14%), por problemas de saúde (7%) ou por ambos motivos (2%).
    • Entre a população urbana não idosa um terço (34%) tem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos e apenas 6% percebem mais de 10 s.m. – situação que se agrava nos domicílios com idosos: 43% têm renda familiar até 2 salários mínimos e só 3% acima de 10 salários.
    • Quase 2/3 dos não idosos residem em casa própria (64%) e 1/5 em imóveis alugados (21%), enquanto entre os idosos 79% conquistaram a casa própria e apenas 11% residem em casas alugadas.
    • Em relação ao estado conjugal, pouco mais da metade dos não idosos está casada (56%), assim como dos idosos (52%). As diferenças ficam por conta das taxas de solteiros (36% entre não idosos e 6% entre idosos) e viúvos (34% entre os idosos e 2% entre os não idosos) – diferenças que se acentuam por gênero: 73% dos homens idosos estão casados, 14% viúvos; 48% das idosas são viúvas, 37% estão casadas.
    • Um terço da população brasileira não idosa (35%) não tem filhos (73% dos jovens de 16 a 24 anos e 19% dos adultos entre 25 e 59 anos). Entre os idosos apenas 6% não têm ou não tiveram filhos.
    • Os idosos residem em domicílios com 3,25 pessoas, em média – contra 4,13 pessoas nos domicílios onde não há idosos, sendo que 15% vivem sós (apenas 3% dos não idosos).
    • Em termos de composição familiar, cerca de metade da população idosa vive com ao menos um filho ou filha (54%) e com cônjuge (51%), e quase 1/3 com neto ou neta (30%). Mas há diferenças por gênero: entre os homens 71% residem com a parceira – que tende a ser quem mais lhe ajuda (58%) –, 51% com filho/a e apenas 24% com neto/a; entre as idosas, 57% residem com filho/a – para a maioria, a pessoa que mais lhes dá atenção –, apenas 36% com o parceiro e 36% com neto/a.
    • Consideram-se chefe da família onde residem 71% (88% dos idosos homens e 58% das idosas). Entre os homens a taxa cai com a idade (de 90% dos 60 aos 69 anos, a 77% com 80 anos ou mais); entre as mulheres cresce com a idade (de 52% dos 60 aos 69 anos a 72% entre as que passaram dos 80 anos).
    • A grande maioria da população idosa tem alguma fonte de renda própria (92%), tanto os idosos homens (97%), como as idosas (87%), e contribui para a renda familiar (88%, respectivamente 95% e 83%).
    • As fontes de renda predominantes entre os homens idosos são a aposentadoria por tempo de serviço (39%) ou por idade (28%); entre as idosas a aposentadoria por idade (28%) e pensão por morte (26%).
    • Dos homens idosos, 79% estão aposentados, entre os quais 18% ainda trabalham. Junto com 15% que exercem atividade remunerada sem estarem aposentados e 3% que se consideram desempregados, mais de 1/3 (36%) permanece na População Economicamente Ativa. Entre as idosas 13% estão na PEA, somando 8% que não se aposentaram com 5% das aposentadas (46%) que ainda trabalham.

 

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