À Redação

A oito de agosto de 1977, às 20 horas no Pátio das Arcadas repleto de estudantes, de gente do povo e de altas personalidades, o Professor Dr. Goffredo Telles Júnior leu a sua Carta aos Brasileiros.

À Redação

A oito de agosto de 1977, às 20 horas no Pátio das Arcadas repleto de estudantes, de gente do povo e de altas personalidades, o Professor Dr. Goffredo Telles Júnior leu a sua Carta aos Brasileiros.

A Carta, que já estava subscrita por professores de Direito, advogados, políticos e estudantes, constituiu-se em mensagem de aniversário dos Cursos Jurídicos, proclamando princípios de convicções políticas "como testemunho, para as gerações futuras, de que os ideais do Estado de Direito vivem e atuam no espírito vigilante da Nacionalidade". Foi elaborada com a certeza de exprimir o pensamento de toda a comunidade acadêmica de São Francisco, embora não constasse do programa oficial das festividades comemorativas do Sesquicentenário.

O documento despertou grande interesse no Brasil inteiro e foi traduzido para as principais línguas estrangeiras, alcançando as primeiras páginas dos grandes jornais do mundo. Expõe, dentro de princípios científicos, a legitimidade das leis e Constituições, do Poder e da Ordem, os quais geram a democracia verdadeira, propulsora única do desenvolvimento econômico e da Segurança Nacional. Faz um paralelo entre o Estado de Direito e o Estado de Fato e relaciona, a seguir, os direitos protegidos pelo Estado de Direito, como valores soberanos que inspiram as ordenações jurídicas de nações verdadeiramente civilizadas.
Conclui, exigindo o imediato Estado de Direito para o Brasil, ficando célebre a frase final: "O Estado de Direito, já"

Ao fim da leitura, toda a imensa assistência irrompe em prolongadas manifestações de aplauso.

 *Publicada em Crônica das Arcadas, sob o título "Goffredo Telles Júnior dá a Público a Carta aos Brasileiros", com o seguinte resumo lido anteriormente.

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