Escola Nacional Florestan Fernandes recebe livros da FPA
O conteúdo dos livros doados pela Fundação giram em torno de temas como sociologia, política, economia, cidadania, mídia, participação popular, entre outros, para ajudar na formação de nível superior.
A universidade dos Sem Terra
A Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), do MST, recebeu da FPA a doação dos 110 títulos publicados pela sua Editora. A doação foi feita em visita no dia 14 de junho, quando a direção da FPA esteve em Guararema (SP) para conhecer a proposta educacional e as instalações da ENFF.
O conteúdo dos livros doados pela Fundação giram em torno de temas como sociologia, política, economia, cidadania, mídia, participação popular, exclusão social, socialismo, associativismo, entre outros, que convergem para a linha educacional humanística da escola e devem auxiliar no processo de formação de seus alunos.
Inaugurada em 23 de janeiro deste ano, em Guararema (SP), a escola nasceu da necessidade de oferecer aos militantes do movimento formação de nível superior, já que o MST tem quase 2.000 escolas espalhadas em seus assentamentos e acampamentos em todo o país, mas para atender somente a crianças de 7 a 14 anos.
A ENFF vem firmando convênios com escolas públicas e oferece cursos temáticos de curta e média duração e também pós-graduação, voltados principalmente para as áreas de agricultura, economia e formação política. Segundo a coordenação pedagógica da escola, futuramente os cursos também serão direcionados para a fitoterapia e o agronegócio.
De maio passado até o final do ano, aproximadamente 2.800 alunos terão passado pela escola.
O mutirão para a construção da escola
Instalada num terreno de quatro hectares, a escola vem sendo construída há quatro anos pelas mãos de militantes voluntários do MST (os grupos são chamados de “brigadas”), utilizando-se de técnicas inovadoras de construção. Tijolos e demais estruturas utilizadas na construção são fabricadas no próprio local; energia solar é captada para aquecimento; luz natural é utilizada para iluminar os grandes espaços etc.
Atualmente a escola tem capacidade de atender 200 alunos (alojamento, alimentação e cursos), mas futuramente, com a ampliação de sua estrutura e a construção de mais quatro alojamentos, sua capacidade deve dobrar.
Já estão prontos os prédios dos alojamentos, o restaurante, as salas de aula, o auditório e a biblioteca. Espaços como o telecentro, áreas de convivência e outras, ainda necessitam de muito trabalho de acabamento, que serão realizados conforme disponibilidade das brigadas.