Presidente da fundação participou de entrevista no Café PT e falou sobre o Guia do Dirigente

“Estratégia do PT é jogar muito pesado na formação dos nossos dirigentes”, diz Paulo Okamotto
Presidente da FPA, Paulo Okamotto, em entrevista ao Café PT

O Café PT da TvPT desta quarta-feira (5) recebeu o presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA), Paulo Okamotto, que esteve em Brasília nos dias 28 e 29 de outubro para participar do Encontro Nacional de Secretários e Secretárias Estaduais de Formação do PT. Ele apresentou o Guia do Dirigente, lançado pela fundação, e falou da importância da formação política para fortalecer a atuação das direções partidárias.

“A estratégia do PT é jogar muito pesado na formação dos nossos dirigentes e mostrar que isso não é só obrigação do secretário de formação, mas também de outros secretários. Esse encontro traz muita garantia que estamos no caminho certo e vamos levar uma turma entusiasmada para fazer o trabalho que precisa ser feito sabendo que, se quiser disputar as eleições, precisamos ter um partido mais preparado, mais organizado, mais planejado. Com isso, a gente acredita que teremos mais êxito”, ressaltou.

“Se a gente for capaz de fazer com que nossos dirigentes municipais se capacitem, se mobilizem e se formem, andaremos mais rápido nas tarefas que a gente tem de mudar o Brasil”, ratificou.

O encontro em Brasília teve a presença do presidente nacional do PT, Edinho Silva, que participou do debate sobre o papel da formação política na estratégia do partido.

“Foram dois dias de discussões muito ricas. O PT realmente tem uma galera muito bacana, muito entusiasmada querendo eleger o presidente Lula e uma grande bancada. Mais uma vez a surpresa positiva é essa e a gente discutiu sobre a estratégia e a importância da formação do PT porque o papel do partido é formar a sociedade e seus valores”, destacou.

Durante o encontro, foram eleitos os novos secretários estaduais, municipais e nacional de formação. Okamotto destacou que foi repassado aos participantes o conjunto de políticas de formação que o partido tem. “Discutimos com os dirigentes estaduais as suas tarefas. Somos 27 secretários de formação, centenas e centenas de formadores e muito conteúdo. Repassamos os nossos conhecimentos para os companheiros que estão chegando, os instrumentos e conteúdos”, afirmou.

Gostar do povo

Para disputar as eleições e ampliar as chances de vitória, Okamotto avalia que é preciso ter um partido mais estruturado. “A única forma da gente fazer isso é ter pessoas preparadas, o partido tem que ter essa qualidade”, salientou, ao informar que em breve as secretarias de comunicação e de organização farão seus encontros.

O presidente da FPA observou que o partido tem recebido muitos novos militantes cujo perfil precisa estar vinculado à defesa das causas populares.

“Para ser um bom dirigente a pessoa tem que ter uma causa. Se você não gosta de defender uma sociedade mais justa, então não seja um dirigente do PT. O dirigente do PT tem que ter uma causa, tem que gostar do povo, tem que gostar das pessoas. ‘Ah, eu gosto do povo e não estou contente como a sociedade funciona, é muita desigualdade, muita injustiça, quero ajudar a mudar isso’. Então você está credenciado a ser dirigente do PT”, avalizou.

Êxito no diálogo

Sobre o Plano Nacional de Formação Política 2026, Okamotto destaca a importância da formação dos dirigentes municipais. São eles que organizam as eleições na cidade, fazem plano o plano de trabalho e outras tarefas. O diálogo com esses dirigentes “resulta num um partido mais exitoso para conversar com o povo brasileiro”, assinalou, ao falar do Nova Primavera que é uma formação aberta a todos filiados e militantes.

Okamotto analisou as ações de quem quer se candidatar e ressaltou a importância dos conteúdos disponibilizados pela FPA na tarefa de conscientização das pessoas.

“Se a pessoa quer fazer política ela tem que convencer. Se não convencer o outro das suas propostas, da sua visão de mundo, você não está fazendo política. E quando a gente tem acesso a algum livro que a fundação produz, a gente também está se formando politicamente e melhorando a nossa condição de convencer os brasileiros e brasileiras”, afirmou.

A formação de dirigentes precisa alcançar temas como religião. “Como trabalhar a questão da cultura e da religião, tanto a católica quanto a evangélica. Precisamos discutir e fazer com que nossos companheiros tenham acesso às informações para poder trabalhar considerando a realidade de cada estado, que vai ter que repassar isso para os municípios e com isso entregar um partido muito mais bem formado com pessoas mais bem formadas politicamente”, destacou.

Guia do Dirigente

O objetivo da FPA com o lançamento do Guia do Dirigente é municiar os novos militantes de informações sobre os procedimentos do partido em relação às tarefas dos dirigentes. Ele está disponível no site da fundação e terá versão impressa.

“A cartilha tem essa pegada de fazer com que o nossos companheiras e companheiros tenham mais informações de como ser um bom presidente”, disse. Okamotto chamou a atenção para um processo complementar e muito importante que é a referência das experiências de quem já milita há mais tempo.

“Uma coisa importante é que cada companheiro perceber que dá para aprender com outro companheiro. Na nossa metodologia é sempre fazer uma conversa com quem está lá na frente, as pessoas que já tem mais experiência de como montar um diretório, como ser um presidente, um tesoureiro, como ser secretário de formação e repassar”, assinalou.

Usar e abusar dos conhecimentos

O site da FPA é um verdadeiro ambiente virtual de aprendizagem. “A fundação faz muita formação através de seminários, debates, juntamos muito conhecimento através de pesquisa e também fazemos muitos cursos. É um ambiente virtual de educação que permite um acesso aos cursos. A fundação produziu muitos cursos na Escola Nacional de Formação”, detalhou.

Entre os muitos cursos disponíveis há o que disponibiliza orientações sobre como atuar nas redes digitais, sobre como se candidatar a vereador; curso para novos vereadores, cursos de planejamento, economia, história brasileira, sobre a questão agrária, entre outros.

“Tem muitos cursos para fazer e muito conhecimento para a gente se apropriar. As pessoas que querem estudar e entender melhor a realidade brasileira têm uma oportunidade muito grande fazer com que tenha mais gente usando e abusando dos nossos cursos e conhecimentos”, assinalou.