Durante o show que celebrou os 60 anos de carreira de Maria Bethânia, Lula entregou flores à cantora e foi ovacionado pelo público em uma noite marcada por emoção, cultura e simbolismo político

Lula emociona público ao prestigiar os 60 anos de carreira de Maria Bethânia
Reprodução/Instagram

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido com uma longa salva de aplausos durante o show de estreia da nova turnê de Maria Bethânia, na noite de sábado (4), no Tokio Marine Hall, em São Paulo. 

O evento marcou o início das comemorações pelos 60 anos de carreira da cantora baiana e reuniu fãs de várias gerações, além de personalidades da cultura e da política.

Nos bastidores, Lula presenteou Bethânia com um buquê de rosas amarelas e um bilhete assinado por ele e pela primeira-dama Janja da Silva: “Querida Bethânia, é com imensa alegria que venho ouvir a mais extraordinária cantora brasileira. Com amor, Lula e Janja.” A artista, visivelmente emocionada, agradeceu o gesto e posou para fotos ao lado do casal e da ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Em suas redes sociais, o presidente publicou o vídeo do momento e escreveu: “Em São Paulo, prestigiando a grande Maria Bethânia. Que honra testemunhar tanta arte e potência no palco. Obrigado ao público pela recepção tão calorosa e cheia de afeto. Uma noite pra guardar no coração!”. O registro está disponível aqui.

“Querida Bethânia, é com imensa alegria que venho ouvir a mais extraordinária cantora brasileira”, escreveu Lula no bilhete entregue à artista.

Arte, afeto e política

Maria Bethânia subiu ao palco em um cenário de tons dourados e flores tropicais, interpretando clássicos como Festa, O Canto de Dona Sinhá e Reconvexo.

A cada canção, o público reagia com entusiasmo, celebrando não só a potência artística da cantora, mas também o simbolismo de uma carreira que se confunde com a própria história da música popular brasileira.

Foi nesse clima de emoção e pertencimento que a presença de Lula provocou uma nova onda de aplausos e gritos de apoio vindos das arquibancadas e camarotes. Assim que foi reconhecido, o público se levantou e entoou o já tradicional “Olê, olê, olá, Lula, Lula”, interrompendo momentaneamente o burburinho do salão.

Parte da plateia também puxou palavras de ordem políticas, como “sem anistia”, em referência à rejeição da proposta de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro e à PEC da Blindagem, tema que tem mobilizado setores progressistas da sociedade civil e da cultura.