Caminhada reafirma visibilidade de mulheres lésbicas e bissexuais
Evento integra a semana da diversidade em São Paulo e denuncia lesbofobia, racismo e a ausência de políticas públicas para mulheres lésbicas e bissexuais

Realizada na véspera da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo, a 23ª Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais reuniu centenas de participantes entre o Largo do Paissandú e a Praça da República no último sábado (21). O ato integra a programação da semana da diversidade e reforça a luta por direitos, reconhecimento e cidadania.
Ao longo do trajeto, manifestações políticas, culturais e musicais deram o tom do evento, que se consolidou como uma das principais expressões de resistência e visibilidade lésbica do país. Desde sua criação, a caminhada busca marcar presença num espaço que historicamente invisibilizou as demandas específicas das mulheres lésbicas e bissexuais.
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Neste ano, o manifesto lançado durante a caminhada teve como eixo o combate à violência e ao racismo. O documento denuncia a lesbofobia estrutural e o aumento dos lesbocídios, além de cobrar políticas públicas efetivas que reconheçam as particularidades das mulheres negras lésbicas, uma das populações mais vulneráveis à exclusão e à violência.
A caminhada também reforçou a defesa da democracia e o compromisso com a justiça e a memória, ao repudiar qualquer tentativa de anistiar os responsáveis por atentados contra o Estado de Direito. O ato foi encerrado com uma convocação coletiva à resistência, à ocupação dos espaços públicos e à afirmação das existências e conquistas dessas mulheres.