EUA: Agências de inteligência alertam para possíveis ataques no dia da eleição
Agências de inteligência norte-americanas revelam que extremistas motivados por teorias da conspiração sobre as eleições tentam atrapalhar o processo eleitoral
Um relatório conjunto de inteligência ao qual a NBC News teve acesso revela suspeitas de fraude eleitoral e hostilidade contra supostos adversários políticos e que seria alta a possibilidade de violência no dia eleição, 5 de novembro.
O relatório destaca como possíveis alvos candidatos, oficiais, trabalhadores das eleições, membros da imprensa e juízes relacionados a casos eleitorais. As possíveis ameaças incluem ataques físicos e violência em locais de votação, urnas contendo as cédulas, locais de registro de eleitores, além de manifestações e eventos de campanhas políticas.
O relatório foi produzido através de um pedido de acesso público feito pela organização sem fins lucrativos Property of the People, que foca em transparência governamental. De acordo com o FBI, as ameaças contra trabalhadores nas eleições, como assédio online e cartas com pó branco e ameaças aumentaram, especialmente em áreas onde os resultados das eleições foram contestados em 2020. As autoridades estão intensificando medidas de segurança para o dia da eleição, incluindo detectores de metais e reforço policial.
O relatório também observou um aumento na violência direcionada, com atividades nacionalistas e telefonemas anônimos contra aqueles que trabalharão no dia das eleições.
Desde 2016, o ex-presidente Donald Trump tem alegado que as eleições foram manipuladas contra ele. Em 2020, ele e seus aliados intensificaram as acusações infundadas de fraude rejeitada pelos tribunais, mas essas alegações acabaram incitando um ataque violento ao Capitólio com o objetivo de contestar o resultado.
Melania Trump participa comício em Nova York
Em comício realizado no Madison Square Garden em Nova York, domingo, 27/10, a terceira esposa de Donald Trump, Melania Trump, natural de Novo Mesto, Eslovênia, falou publicamente pela primeira vez nesta campanha eleitoral para pedir que as pessoas imaginassem “uma América maravilhosa onde as sementes de segurança, prosperidade e saúde sejam plantadas novamente para o benefício de nossas famílias”.
Sua participação foi para anunciar o discurso de Donald Trump e durou menos de cinco minutos. Em sua fala, Trump acusou Kamala Harris de orquestrar a “maior traição da história americana”, dizendo que ela “importou criminosos de prisões de todo o mundo, da Venezuela ao Congo”. E prometeu que em seu mandato “a invasão de migrantes terminará”.
Elon Musk é investigado na Filadélfia
O Promotor Distrital da Filadélfia, Larry Krasner, está processando Elon Musk para bloquear o sorteio de milhões de dólares para eleitores registrados no estado, buscando interromper a manobra em estilo de loteria que, segundo especialistas em eleições e o Departamento de Justiça alertaram que pode violar a lei federal.
Musk e o America PAC afirmaram que seus sorteios em dinheiro têm como objetivo incentivar a coleta de assinaturas para petições.
No entanto, o concurso está restrito a cidadãos de estados estratégicos e favorece especificamente os eleitores da Pensilvânia, premiando cada um deles com US$ 100. O Departamento de Justiça enviou uma carta de advertência ao PAC na semana passada, mas Musk, CEO da Tesla e da SpaceX e considerado a pessoa mais rica do mundo, continuou a defender a iniciativa.
Krasner argumentou em um documento protocolado na segunda-feira, 28/10, que a ação é uma loteria ilegal não regulamentada, sem entrar na questão de se isso viola leis sobre a compra de votos.
Com informações da NBC News