Um português poderá voltar a ocupar um dos principais cargos nas instituições da União Europeia (UE)

Reunião de líderes europeus discute altos cargos da União Europeia
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O Partido Popular Europeu, de centro-direita, ganhou as eleições europeias, o que garante a Ursula von der Leyen boas chances de ser reeleita como presidente da Comissão Europeia. Durante uma cimeira informal que acontece na segunda-feira, 24, os chefes de Estado e de Governo discutirão quem deverá ser o próximo Presidente da Comissão Europeia, Presidente do Conselho Europeu e Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.

“Penso que Ursula fez um ótimo trabalho. Os líderes vão reunir-se e creio que precisamos de uma decisão rápida, devido ao que está acontecendo no mundo, precisamos de uma liderança forte da União Europeia”, declarou a jornalistas Mette Frederiksen, primeira-ministra da Dinamarca, do Partido Socialista Europeu.

Se Ursula Von Der Leyen conseguir a bênção dos líderes, terá de enfrentar mais tarde uma sabatina no Parlamento Europeu, no qual precisará do apoio da maioria dos deputados recém-eleitos – 361 votos – para garantir o cargo.

Antes das eleições, Bruxelas fervilhava de especulações sobre possíveis alternativas a atual presidente da CE. Outros líderes do PPE, como o croata Andrej Plenković, o romeno Klaus Iohannis e o grego Kyriakos Mitsotakis, foram citados, juntamente com Roberta Metsola, a atual presidente do Parlamento Europeu.

O antigo primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, foi outra das alternativas que atraíram mais comentários. Contudo, a proposta, amplamente atribuída a funcionários franceses como um estratagema para obter apoio a Ursula, seria ousada: Draghi não está filiado em nenhum partido político e a sua nomeação perturbaria completamente o jogo das negociações.

Os socialistas ficaram em segundo lugar e buscam a presidência do Conselho Europeu. O ex-primeiro-ministro de Portugal, António Costa poderá ser escolhido, colocando mais um português em um cargo de comando em Bruxelas, depois de Durão Barroso ter ocupado a presidência da Comissão Europeia entre 2004 a 2014.

O atual primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, explicou que o PSD e o PS sempre estiveram muito alinhados em relação à política e que o seu antecessor, António Costa, tem um perfil adequado.

“É importante que se compreenda que a minha posição pessoal e a posição do governo português não se baseiam puramente na nacionalidade, embora isso seja relevante, não vamos negar”, disse ao chegar para uma reunião em Bruxelas.

“No entanto, é fundamental o compromisso que esperamos que o coordenador das reuniões do Conselho Europeu possa oferecer para nos próximos anos estabelecer pontes entre as várias famílias políticas e entre os diversos Estados-membros e respetivos governos, a fim de avançarmos em uma Europa que aspira à paz, unidade na defesa da Ucrânia, perspectiva de crescimento e passos significativos em termos de competitividade econômica”, acrescentou Montenegro.

As críticas feitas por alguns líderes à posição da deputada alemã sobre a guerra em Gaza e um certo retrocesso nas questões ambientais não parecem suficientes para afastá-la do pareo.

Com informações do portal Euronews

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