País perde Sérgio Rouanet
O Brasil perdeu, no domingo, 3, o diplomata Sergio Paulo Rouanet, autor da lei que beneficia a cultura no Brasil. Ele faleceu em decorrência de problemas causados pela síndrome de Parkinson. .
Ex-ministro da Cultura, Rouanet tinha 88 anos. Ele deixou a mulher, a filósofa alemã Barbara Freitag, e três filhos: Marcelo, Luiz Paulo e Adriana. A Lei Rouanet foi criada por ele durante o governo de Fernando Collor e modificada, quase três décadas depois, pelo presidente Jair Bolsonaro.
Rouanet nasceu no Rio em 23 de fevereiro de 1934, filho de Paulo Luís Rouanet e Hebe Cunha Rouanet. Viveu quase nove décadas, dedicando a maior parte de sua trajetória à área acadêmica e, sobretudo, à cultura.
Rouanet tinha 20 anos quando, em 1954, estreou no jornalismo cultural, colaborando com um artigo semanal para o jornal Suplemento Literário. Quase 40 anos depois, em 1992, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Era o oitavo ocupante da Cadeira nº 13, na sucessão de Francisco de Assis Barbosa, tendo sido recebido pelo acadêmico Antonio Houaiss.
Ao longo de sua carreira, Rouanet assinou artigos para prestigiadas revistas brasileiras e internacionais. É autor dos livros “O homem é o discurso – Arqueologia de Michel Foucault”, “Imaginário e dominação”, “Itinerários freudianos em Walter Benjamin”, “Teoria crítica e psicanálise”, “A razão cativa”, “Riso e melancolia”, entre outros. •