O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, apontado como o celeiro da humanidade, mas o agronegócio patina. O Produto Interno Bruto (PIB) agrícola caiu 8% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado. Em relação ao trimestre anterior, o recuo foi de 0,9%.

Nas duas últimas safras, o país viu a produção de soja e de milho, os dois principais produtos nacionais, ficarem 47 milhões de toneladas abaixo do potencial de produção devido a variações climáticas. Em 2021, seca e geada afetaram a safra de milho. Agora, foi a soja.

Com a queda agora, a agropecuária, que vinha sustentando a economia nacional nos últimos anos, acumula retração de 4,8% no PIB acumulado dos últimos quatro trimestres.

O primeiro trimestre é importante para a produção de grãos, devido às safras de arroz, milho de verão, soja, mandioca, feijão, fumo e uva. Todos foram afetados pelo clima e tiveram perdas de produtividade. A produção de soja recuou 12,2%. A de arroz, queda de 8,5%. A de mandioca, -2,7%.

A queda de 8% da agropecuária acendeu uma luz amarela no setor produtivo. Os números preocupantes vão reforçar as demandas dos produtores junto ao governo por um Plano Safra 2022/23 com melhores condições de juros para estimular o aumento da produção, principalmente de itens do consumo doméstico. O esforço agora é para “salvar o ano”. •

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