Margarida Barreto morre aos 78 anos
O movimento das mulheres sofreu uma baixa importante. A médica Margarida Maria Silveira Barreto faleceu na quinta-feira, 3, aos 78 anos, após a luta contra um câncer. Professora e pesquisadora, Margarida foi pioneira nos estudos sobre assédio moral e sexual no país, tendo dedicado sua trajetória às questões relacionadas à saúde no mundo do trabalho, especialmente aos temas ligados à saúde mental e violência.
Seu trabalho de pesquisa e divulgação é considerado pelo movimento feminista um marco por ter organizado e incluído na pauta trabalhista os aspectos subjetivos do sofrimento psíquico causado pelas relações laborais, especialmente no tocante às mulheres.
Ela é apontada como pioneira no estudo e enfrentamento do assédio sexual no trabalho e na inserção do tema na pauta sindical brasileira. Para Margarida Barreto, “o descaso com a saúde do trabalhador é comparável a um homicídio culposo corporativo”.
Ela estava atuando como professora de pós-graduação em Medicina do Trabalho na Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. E também integrava o NAPP Mulher, da Fundação Perseu Abramo. •