Taxa de desocupação caiu para 5,6% no trimestre encerrado em agosto, menor nível desde 2012. População ocupada chegou a 102,4 milhões e renda média foi de R$ 3.488, segundo o IBGE

Ocupação e renda batem recode histórico, aponta IBGE
A queda do desemprego para 5,6% em agosto foi impulsionada pela contratação em setores como educação, saúde e transporte, além da safra agrícola, segundo o IBGE Foto: Agência GOV/ArteEBC

O Brasil registrou em agosto de 2025 a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. 

A taxa de desocupação ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, repetindo o resultado do trimestre anterior e consolidando o menor patamar em 13 anos, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30/9)pelo IBGE.

São 6,1 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente já medido. O número representa queda de 9% em relação a maio (menos 605 mil pessoas) e de 14,6% frente a agosto de 2024 (menos 1 milhão). 

Ao mesmo tempo, a população ocupada alcançou 102,4 milhões de brasileiros, também recorde histórico. Outro dado positivo é o avanço da formalização: os empregados com carteira assinada no setor privado chegaram a 39,1 milhões, o maior número da série. O rendimento médio real ficou em R$ 3.488, estável em relação a maio e 3,3% acima do registrado um ano antes.

Mais empregos e novos perfis de ocupação

O nível de ocupação, ercentual de pessoas em idade de trabalhar que estão efetivamente empregadas, atingiu 58,1%, também recorde. A taxa de subutilização caiu para 14,1%, menor desde 2012. 

Já o desalento, que mede aqueles que desistiram de procurar emprego, recuou para 2,4% da população, o menor índice desde 2016. Isso mostra que mais brasileiros voltaram a buscar vagas e encontraram oportunidades.

Entre os setores, a administração pública, educação e saúde somou mais 760 mil pessoas em relação a 2024. O setor de transporte e armazenagem também avançou, com mais 311 mil ocupados. 

A agricultura puxou a expansão no trimestre, com destaque para a safra de café no Nordeste e Sudeste. Por outro lado, os serviços domésticos perderam postos, reflexo de trabalhadores migrando para empregos mais bem remunerados.

O contingente de empregados no setor privado chegou a 52,6 milhões, dos quais 39,1 milhões com carteira assinada — recorde histórico. Os empregados sem carteira caíram 3,3% em um ano.

No setor público, houve aumento de 340 mil trabalhadores. Já entre os por conta própria, o total alcançou 25,9 milhões, sendo 19,1 milhões sem CNPJ. A taxa de informalidade permaneceu em 38% da força de trabalho, praticamente estável.

Renda em alta e importância histórica

O rendimento médio real do trabalho chegou a R$ 3.488 e a massa de rendimentos a R$ 352,6 bilhões, maior valor já registrado, impulsionados pela formalização e pelo aumento do emprego. Houve ganhos em várias categorias: empregados com carteira (2%), sem carteira (5%), domésticos (5,3%), setor público (4,1%) e conta própria (4,6%).

Em termos de atividades, houve alta em agricultura (6,6%), construção (5,1%), administração pública e saúde (3,7%) e serviços domésticos (5,3%). 

Desde 2012, a pesquisa nunca havia mostrado resultados tão favoráveis. Para o IBGE, os dados de agosto consolidam uma tendência iniciada em 2023 e reforçam que o mercado de trabalho brasileiro vive sua fase mais positiva em mais de uma década.

 Com Informações doo IBGE e Planalto