17º Encontro Nacional do PT reúne militância, aprova tese e fortalece unidade partidária
Evento marcou a posse de Edinho Silva, a defesa da democracia e o compromisso do partido com as lutas populares e a soberania nacional
Agosto começou com discussões acaloradas durante a realização do 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília, com pelo menos 1.200 delegados e delegadas de todos os cantos do país, eleitos durante o PED. Um encontro que propiciou reencontros, alinhamentos políticos importantes, reafirmou a democracia partidária e destacou a importância e o tamanho do partido que historicamente representa a classe trabalhadora.
O Processo de Eleições Diretas do partido foi central no Encontro, uma vez que a posse do novo presidente, Edinho Silva, e a divulgação dos nomes que farão parte da direção nacional ocorreram no domingo, durante o ato que contou com a participação do presidente Lula, ministros, do presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, e todos os novos presidentes estaduais do partido.
Empossado no domingo, 3 de agosto, Edinho Silva apontou pautas e desafios e fez um chamado à militância. “Quero ser o presidente do maior partido de esquerda da América Latina. Mas quero, acima de tudo, ser presidente de um partido vivo, atuante e comprometido com o povo”.
Com uma proposta de mobilização coletiva e foco na construção de um projeto de país, Edinho inicia seu mandato com o compromisso de fortalecer a presença do PT na sociedade, ampliar o diálogo com as lutas populares e manter forte a luta por um Brasil mais justo, democrático e solidário.
A Fundação Perseu Abramo em destaque
No enorme telão do auditório lotado, um vídeo sobre a Fundação Perseu Abramo mostrou à militância e aos dirigentes as tarefas que vêm sendo realizadas, com produtos e atividades voltados à formação dos melhores quadros para o maior partido de esquerda da América Latina.
A FPA realizou dois debates importantes nos dias que antecederam a abertura do encontro, sobre temas também fundamentais para a atual conjuntura: justiça tributária e climática. E teve seu papel e função citados pelo presidente Lula, Edinho Silva, Humberto Costa e Gleisi Hoffmann, reafirmando seu caráter formador e de apoio aos militantes e dirigentes.
Os três dias de encontro oficializaram os resultados do PED e a posse da nova direção, e militantes de todos os estados e setoriais puderam discutir não só aspectos da sucessão e apresentar emendas à tese aprovada, mas também os temas conjunturais mais recentes: propostas do governo, como a taxação BBB (bets, bancos e bilionários), o Brasil fora do mapa da fome ou o índice de desemprego, as provocações e ameaças dos Estados Unidos contra a soberania nacional, além do ato em solidariedade ao povo palestino, que emocionou o plenário.
Direção reafirma compromissos para o próximo período
“Cada dirigente que está aqui vai ter que pensar no que fazer a partir de agora, porque, se todo esse movimento, esse processo que nós fizemos, ao retornar para as nossas casas, for letra morta, então não terá valido à pena”, afirmou Okamotto. O presidente da FPA reiterou ainda que o trabalho feito por cada membro do Partido dos Trabalhadores, do presidente Lula às lideranças de bairro, é o que vai garantir a manutenção da democracia no país.
“Gostaria de desejar para cada um de vocês um grande retorno para os seus lares, cidades e estados. Mas antes de desejar um bom retorno, eu quero lembrar por que vocês estão aqui. Cada delegado e cada delegada que aqui estão teve que conversar com muita gente, teve que disputar com muita gente, pra poder ter a honra de decidir o destino deste partido”, orientou Okamotto em seu discurso.
De acordo com o presidente da FPA, “cada delegado e cada delegada que aqui está sabe que aprovamos uma extraordinária tese capaz de enfrentar a luta dos próximos quatro anos. Então, cada um de vocês que fez um enorme sacrifício para chegar até aqui, ao retornar para casa, tem que fazer uma coisa mais difícil ainda. Cada dirigente que está aqui vai ter que pensar no que fazer a partir de agora”.
A diretoria da FPA participou ativamente do 17º Encontro e sua presença foi notada e reconhecida. As tarefas formativas e de memória, assim como as publicações, livros e cursos, são reconhecidas pela militância petista e seus dirigentes. Ouvimos diretores e diretoras da Fundação para saber como avaliam o evento.
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Para Elen Coutinho, diretora responsável pelo Centro Sérgio Buarque de Holanda, “o Encontro aconteceu em um momento fundamental para reafirmar a linha política do PT: defesa da soberania do Brasil, compromisso ambiental e a luta por um país mais justo. Ao lado do presidente Lula, o partido enfrenta os grandes debates do presente: justiça tributária, taxação das grandes fortunas e redução da jornada sem corte de salários. Também reafirmamos a solidariedade entre os povos como princípio do PT e a luta pelo fim do genocídio em Gaza e por uma Palestina livre”.
“Neste fim de semana, o 17° Encontro Nacional do PT demonstrou que o PT é um partido plural e democrático. O PT de Lula nasceu pronto para defender o povo brasileiro e sua soberania!”, afirmou Naiara Raiol, diretora representante da região Norte e responsável pela condução da mesa sobre justiça climática.
“O PT tem o grande desafio de preparar as novas direções municipais para o próximo período. São milhares de companheiros e companheiras que assumem a tarefa de dirigir o partido e têm como principal missão organizar a campanha do Lula Presidente em 2026 e organizar a luta contra a extrema direita e o fascismo nos territórios”, avaliou o diretor Alexandre Macedo de Oliveira, da área de formação.
Para Alberto Cantalice, diretor responsável pela comunicação da FPA, “o Encontro do PT buscou construir o maior consenso possível. Unificou o partido e deu um grande salto”.
Já para Carlos Árabe, diretor do Noppe e da Editora, “nosso encontro é momento fundamental de unidade do PT e de preparação para lutas decisivas que temos pela frente. Exatamente nesse sentido é a sua importância. E isso só é possível pelo pluralismo democrático e socialista e a participação militante, valores fundamentais do PT”.
Para a diretora Mônica Valente, “esse 17º Encontro Nacional representa o reencontro do PT com sua militância de todo o país. Após seis anos sem nos encontrarmos ao vivo e em cores, para nos abraçarmos, para debatermos, para construir nossa estratégia nacional rumo à reeleição do presidente Lula em 2026, aqui estamos com toda nossa energia! E mais do que isso, dar posse ao querido Edinho Silva, um presidente que chega nos braços de nossa militância de todo o Brasil!”.
Jorge Bittar considerou que “o Encontro Nacional ocorreu em um momento político grave, em que a soberania do nosso país encontra-se sob o ataque do império americano. O documento de resolução do Encontro fortaleceu a coesão política do nosso partido na defesa da nossa soberania e do governo democrático e popular do presidente Lula”.
Brenno Almeida, por sua vez, afirmou que o 17° Encontro Nacional do PT mostrou que segue fortalecida a capacidade do nosso Partido de construir causas comuns. Reunir delegados e delegadas dos quatro cantos do Brasil para renovar os compromissos do PT com o povo brasileiro é um momento de grande alegria e, ao mesmo tempo, de muita responsabilidade. A FPA terá um papel essencial neste novo ciclo, que se inicia hoje com a posse da nova direção.
Já o diretor de Cooperação Internacional, Valter Pomar, informou que vai se manifestar em um texto de sua própria autoria.
