Carta aberta da conferência alerta sobre impactos irreversíveis do aquecimento global e pede ação coletiva para evitar catástrofes

COP 30 convoca 'mutirão global para enfrentar crise climática

A presidência da COP 30, conferência climática da ONU que ocorrerá em Belém (PA) em novembro, divulgou uma carta aberta convocando um “mutirão global” contra as mudanças climáticas. O documento, assinado pelo presidente da conferência, o embaixador André Corrêa do Lago, ressalta que 2024 foi o ano mais quente da história e alerta que sem medidas urgentes o planeta enfrentará um colapso ambiental e social.

A COP 30 reunirá chefes de Estado, cientistas e sociedade civil na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, um cenário simbólico para as discussões sobre o futuro climático do planeta. O texto da carta lembra que a conferência marcará os 20 anos do Protocolo de Quioto e 10 anos do Acordo de Paris, dois marcos da diplomacia ambiental.

Em tom de urgência, o documento afirma que a crise climática já impacta diretamente a vida cotidiana da população. “Agora, não apenas ouvimos falar dos riscos climáticos, mas os vivemos. Da Sibéria à Amazônia, de Porto Alegre a Los Angeles, a mudança do clima já atinge nossas famílias, a saúde e o custo de vida”, destaca Corrêa do Lago.

O texto enfatiza que as nações ricas não podem se esconder atrás de “muros” do negacionismo e usa um conceito da cultura indígena brasileira para ilustrar a necessidade de cooperação. “O Brasil convida o mundo para um mutirão global contra a mudança do clima, um esforço coletivo para garantir um futuro sustentável”, conclui o documento.