Míssil de longo alcance disparado do Iêmen atinge Tel Aviv
O ataque, que não deixou vítimas ou feridos, foi assumido pelo grupo iemenita Houthi. Em Madrid, Reunião de Alto Nível debate a solução de dois estados para o conflito
Uma área rural localizada nas proximidades de Tel Aviv, Israel, foi atingida na manhã de domingo, 15, por um míssil de longo alcance disparado do Iêmen. De acordo com a Al Jazeera, por volta das 6h30 da manhã, no horário local, sirenes de alerta de ataque aéreo soaram, inclusive no aeroporto internacional Ben Gurion.
Em rondas a portais internacionais, não há relatos de vítimas ou danos localizados ou detalhados. A autoridade aeroportuária afirmou que as operações foram rapidamente retomadas logo após o alerta.
Vídeos divulgados pelo site Euronews mostram um terreno queimado em uma área não urbanizada, com agentes inspecionando o local.
Nasruddin Amer, porta-voz dos Houthis, reivindicou a responsabilidade do ataque no seu perfil do X ao publicar que “um míssil iemenita atingiu Israel após ’20 mísseis falharem em interceptá-lo’”.
O mesmo grupo promoveu um ataque de drones de fabricação iraniana a Tel Aviv em julho, resultando na morte de uma pessoa e ferindo outras dez. Em resposta, Israel promoveu uma série de bombardeios aéreos sobre os territórios controlados pelos Houthis no Iêmen.
O Irã, que afirma agir em solidariedade aos palestinos, apoia não apenas os Houthis, mas também o Hamas e o Hezbollah, no Líbano, que entrou em confronto direto com Israel após o início da guerra que escalou em outubro do ano passado. Após quase um ano de conflito, a ONU calcula que o número de mortos já passa de 40 mil, sendo a maioria mulheres e crianças.
Após o incidente, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reuniu-se com seu gabinete e declarou que os Houthis “já deveriam ter entendido que impomos um custo alto a qualquer tentativa de nos agredir”.
Encontro de Alto Nível em Madrid
Uma reunião promovida pelo primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, no Palácio da Moncloa, em Madrid, juntou Ministros das Relações Exteriores da Palestina, Arábia Saudita, Eslovênia, Noruega, Turquia e Egito.
As autoridades árabes, turcas e europeias discutiram uma solução baseada na criação de dois estados e ajuda humanitária urgente para Gaza.
Após o encontro, José Manuel Albares, ministro dos Negócios Estrangeiros da Espanha, disse que seu país apoia todos os esforços de cessar-fogo do Catar, Egito e Estados Unidos para acabar com a violência em Gaza.
O ministro ressaltou que os estados formavam um grupo que não é limitado pela geografia, e que os países estavam unidos “por um objetivo comum de impulsionar a ação coletiva da comunidade internacional”.
Em maio, a Espanha, junto com a Noruega e a Irlanda, reconheceu formalmente um estado palestino, o que gerou uma forte reação de Israel.