Efeito Lula: Brasil é referência mundial em energia limpa
País tem maior participação de fontes renováveis na produção de eletricidade entre participantes do G20
A confirmação do Brasil como referência mundial no uso de energias renováveis divulgada na última semana bombou nas redes sociais. A informação foi divulgada pela própria organização do G20, Fórum de cooperação econômica internacional que reúne algumas das maiores economias do mundo.
Segundo página oficial do Grupo, o Brasil é o país do G20 com maior participação de fontes renováveis na produção de eletricidade, com 89% de sua energia elétrica de 2023 vindo de usinas hidrelétricas (60%), energia solar e eólica (21%) e bioenergia (8%)
Os brasileiros celebraram com a tag #EfeitoLula e viralizaram a informação na rede social X, de Ellon Musk, que promovia ao mesmo tempo mais um ataque à democracia brasileira.
Diferentes fontes de energia
O bom posicionamento do país se deve à grande rede hidrelétrica e à rápida expansão da energia solar e eólica, fatores que se alinham ao compromisso do governo Lula com a transição energética e com a proteção do Meio Ambiente – dois temas abandonados durante o governo de Jair Bolsonaro.
Ano passado, durante apresentação do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Lula deixou claro sua intenção de tornar o país a maior potência em energia limpa do mundo. “O que nós queremos é mudar a matriz energética deste país. Se o mundo acha que é possível fazer essa transição, o Brasil será o país com o maior potencial de fazer essa transição, fazer 100% de energia limpa e, se possível, muito mais energia verde do que qualquer outro país”, discursou o presidente.
As boas notícias coincidem com o fato de o país ser o atual presidente do G20. Tal condição coloca o país como responsável por “liderar discussões em uma série de temas cruciais para o futuro da sociedade global: comércio e investimentos, transformações digitais, finanças e infraestrutura, segurança alimentar e nutricional e, principalmente, mudanças climáticas e transição energética”, ainda segundo comunicado da organização.
O papel do Novo PAC
O Novo PAC estipulou um investimento de 417,5 bilhões de reais (cerca de 82 bilhões de dólares) em ações de transição energética de 2023 a 2026, período no qual também estão previstos gastos de 20,9 bilhões de reais (cerca de 4,1 bilhões de dólares) no desenvolvimento de combustíveis de baixo carbono.
O governo brasileiro também encaminhou ao Congresso Nacional do país um pacote de medidas para o setor energético. O “E30”, por exemplo, altera o percentual máximo de etanol à gasolina, passando de 27% para 30% e inclui ainda a regulamentação da atividade de captura e estocagem de carbono. Destaca-se também o Plano Inova Energia, que consiste em uma iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social brasileiro (BNDES) para fomentar o desenvolvimento tecnológico de cadeias produtivas de energias renováveis como a solar e a eólica.
A conquista vai além das fronteiras do país. No âmbito internacional, o Brasil construiu, juntamente com a Índia e os Estados Unidos, a Aliança Global para Biocombustíveis, visando expandir o consumo dessa fonte energética a partir da consolidação de um mercado global.