Em entrevista à Focus Brasil, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, fala sobre a participação e organização do partido para as eleições municipais de  2024, pautas da política nacional e sucessão partidária em disputas internas. “Não só quantos candidatos o PT elegeu, mas quantos candidatos do campo progressista e popular democrático. É esse campo que vai enfrentar a extrema direita”, frisa Gleisi sobre o que está em disputa nestas eleições

Gleisi Hoffmann: 'A militância do PT foi fundamental para ajudar o povo brasileiro a vencer o autoritarismo'
Foto: Alessandro Dantas

Gleisi Helena Hoffmann, a primeira mulher a dirigir um dos maiores partidos de esquerda do mundo, o Partido dos Trabalhadores, entra na reta final de seu segundo mandato no gabinete na sede petista em Brasília acumulando vitórias. Desde que assumiu a presidência, enfrentou os momentos mais desafiadores do Partido em seus 44 anos de existência e encarou duras batalhas nas ruas, na justiça e no parlamento. 

Sua determinação, coragem e capacidade de articulação política foram determinantes para reconduzir o partido à presidência da república em 2022. Com o início da campanha eleitoral municipal, Gleisi comemora a “animação dentro do PT, da Federação, da nossa base, em participar do processo eleitoral” e ressalta que a base “está mais organizada, mais preparada do que nós estávamos em 2020”. 

Gleisi acumula feitos: foi a primeira mulher a ocupar um cargo dentro da binacional Itaipu e a primeira senadora a se eleger pelo estado do Paraná. Ocupou a Casa Civil no governo de Dilma Rousseff e esteve ao lado de Dilma durante todo o processo do golpe de 2016.  Nesta entrevista, Gleisi explicou qual é o “retrato” que o partido vislumbra para outubro. 

“Não só quantos candidatos o PT elegeu entre prefeitos e prefeitas, vereadores e vereadoras, mas quantos candidatos do campo progressista e popular democrático elegeu. Porque é esse campo que vai enfrentar a extrema direita”, frisa Gleisi sobre o que está em disputa nestas eleições. 

Trajetória

Natural de Curitiba, credita ao período em que frequentou a escola das irmãs bernardinas o desenvolvimento de seu pensamento político.  “A visão cristã de igualdade e fraternidade poderia se materializar por meio da ação política”, relata.  Na adolescência, participou ativamente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Curitiba (Umesc), União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES) e assumiu a direção da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). 

Filiou-se ao PT em 1989 e diz-se honrada por dirigir o partido há sete anos. “Acho que foi uma das coisas mais importantes que eu fiz na minha vida. Eu adoro esse partido. É um partido que é vivo, que tem militância, que luta, que nunca baixou a cabeça”, declara.  Em 2019, elegeu-se deputada federal pelo PT.  Reelegeu-se deputada federal em 2022, sendo a segunda deputada mais votada no estado do Paraná. 

Consciente e concentrada nas tarefas que a presidência do PT lhe impõe, deixa para o futuro a discussão da sucessão. “Não vamos antecipar isso. E vamos fazer isso não só olhando nomes para a sucessão, mas também as posições do partido e como o partido quer construir suas intervenções daqui para frente”. 

A senhora sempre fala do “time do Lula”, que deve entrar em campo na disputa democrática das eleições. Como é que está esse time do Lula para as eleições de 2024?

Olha, eu acho que está um time mais preparado do que nós tivemos em 2020, temos um número um pouco maior de candidaturas a prefeito. Nós tivemos em 2020, 1.209 candidatos e candidatas a prefeito, agora nós temos 1.380 e ainda temos a Federação, portanto teremos no total, 1.534 candidatos a prefeitos e prefeitas. É o terceiro maior número de candidaturas registradas. Vamos ter, pelo PT, 26.600 candidatos a vereadores e vereadoras. Na Federação, vamos ter 33.900. Então, eu considero números muito positivos. Isso mostra que há uma animação dentro do PT, da Federação, da nossa base, em participar do processo eleitoral, que está mais organizada, mais preparada do que nós estávamos em 2020. 

O PT apresentou candidatos em 13 capitais com possibilidades reais de se elegerem. É um cenário que pode colocar o partido de volta ao período do pré-golpe, que governava em cidades importantes. Como você analisa esse cenário?

Só para você ter uma ideia, 2016 foi um dos piores anos de eleição, quando perdemos muitas prefeituras. Em 2020, mantivemos isso, a gente não conseguiu recuperar. E naquela eleição, até porque a gente saía daquele processo de prisão do Lula, estava no processo da Lava Jato, tinha pandemia, tinha dificuldades de fazer aliança, o PT optou por lançar candidaturas próprias no maior número de capitais e cidades maiores, para fazer a defesa do partido e a defesa do Lula, a defesa do nosso legado. Agora, em 2024, a nossa estratégia foi diferente. Foi uma estratégia de fortalecer o campo político que levou o Lula de novo para a presidência da República. Então, o PT decidiu lançar candidaturas onde ele fosse mais competitivo e apoiar aliados onde os aliados fossem mais competitivos, já visando as eleições de 2026, para formar um campo e fortalecer esse campo para ir para essas eleições. Por isso que das 26 capitais que têm eleição, nós lançamos 13 e estamos apoiando nas outras 13, partidos aliados. E dos 219 municípios com mais de 100 mil eleitores, que representam 48% do eleitorado brasileiro, nós lançaremos candidaturas próprias em 115 cidades e apoiaremos 37 aliados.

Então, a gente tem um novo cenário muito otimista e muito positivo para essa eleição… 

Eu não diria assim, muito otimista, eu diria que é um cenário bem melhor do que nós tivemos em 2020, que nós estamos mais organizados e que a gente acha que vai ter um saldo mais positivo do que teve em 2020. Nós queremos o seguinte retrato das eleições: não só quantos candidatos o PT elegeu entre prefeitos e prefeitas, vereadores e vereadoras, mas quantos candidatos progressista e popular democrático elegeu, porque é esse campo que vai enfrentar a extrema direita.

O jornal Folha de S. Paulo publicou uma matéria sugerindo irregularidades na atuação do ministro Alexandre de Moraes no TSE. A imprensa tem mostrado a opinião de renomados juristas apontando que o jornal não havia identificado a suposta ilegalidade. Qual a sua visão sobre o caso?

Eu não vejo nenhuma irregularidade cometida pelo ministro Alexandre de Moraes. Acho que o ministro Alexandre de Moraes cumpriu os ritos. Porque ele é juiz do Supremo Tribunal Federal e estava presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Como presidente do TSE, o ministro atuou para coibir os crimes eleitorais e garantir a lisura do pleito de 2022. E como relator dos inquéritos das milícias digitais e das fake news no STF, ele atuou contra as quadrilhas bolsonaristas que tentaram fraudar as eleições. Então era o mesmo ministro exercendo as duas missões simultaneamente, em defesa da legalidade e da democracia. Eu considero que fora do rito, de qualquer rito, estavam Bolsonaro e seus cúmplices, que mentiram sobre o processo eleitoral, ameaçaram as instituições, tentaram dar um golpe contra a posse do Lula, que foi eleito. Então, a minha avaliação é que essa matéria desencadeada pela Folha serve a esses golpistas, sendo contra o ministro Alexandre de Moraes e o STF, quando se aproxima justamente o momento em que o Bolsonaro terá de enfrentar a justiça pelos crimes que cometeu.

Falando sobre a questão de Bolsonaro enfrentar a Justiça, temos visto um retorno de atores como Eduardo Cunha, que está no núcleo de poder da campanha do Rio de Janeiro, por exemplo. De que forma a senhora acha que isso está relacionado com a impunidade do Bolsonaro?

Eu acho que nós temos que fazer uma luta na política em relação a isso. O Eduardo Cunha foi julgado pelos seus processos, responde a eles. Obviamente que no momento em que ele vai se reabilitando, ele vai voltar a atuar na política. Os bolsonaristas fazem um outro tipo de embate, que é muito mais grave, que é contra a democracia, contra as instituições, é de golpe, é da violência política. Obviamente que personagens como esse que você falou ajudam nesse caldo todo contra a democracia. Mas o foco principal do nosso combate é Bolsonaro, é o bolsonarismo, é a extrema direita.

O bolsonarismo é um movimento muito forte, obviamente, dentro dos evangélicos. A senhora, em uma entrevista recente à TV Brasil, disse que os evangélicos devem ser tratados como uma categoria social, a Fundação até lançou uma cartilha sobre como dialogar com esse grupo… As igrejas evangélicas possuem muitos canais de TVs abertas, a senhora vê alguma possibilidade de mudar um pouco essa facilidade com que essas igrejas têm acesso a redes abertas de televisão? 

Veja, nós não temos que combater os evangélicos e nem suas formas de comunicação. Eu acho que, primeiro, a questão de comunicação é uma questão de regulação e cabe ao poder público, fazer as concessões e fazer com base técnica. Eu acho que o que nós temos é que ganhar a opinião popular. Os evangélicos fazem parte do povo brasileiro, assim como os católicos, como outros que praticam outras religiões. Por isso que eu disse que nós não podemos encará-los como uma categoria religiosa, mas como uma categoria social. Os nossos programas de governo, os nossos projetos, o que a gente faz para o povo atinge muito essa população. E penso que hoje os índices de aprovação do governo do presidente Lula mostram que a gente tem recuperado uma influência junto ao povo que precisa dos programas sociais e precisa do Estado brasileiro,  acho que é por aí que a gente tem que continuar. Acho louvável a iniciativa da Fundação Perseu Abramo, da Cartilha e do diálogo, por conta do tipo de linguagem, de como se aproximar, de como falar dos nossos projetos, dos nossos programas, cada setor da sociedade tem uma linguagem que o toca. Então, a gente aprender isso também é muito importante nos comunicarmos melhor. 

O PIB brasileiro cresceu 1,1% no segundo trimestre, comparado com o primeiro de 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia. Pode comentar o trabalho de recuperação da equipe econômica do presidente Lula?

O crescimento do PIB está diretamente relacionado às iniciativas do governo do presidente Lula. Primeiro, em relação à renda, foram iniciativas muito positivas. O aumento real dos salários mínimos que beneficiou grande parte da população, principalmente os aposentados, o Bolsa Família, que foi turbinado, aumentando também o valor de repasse médio para as famílias, a desoneração da tabela do imposto de renda até dois salários mínimos, a renegociação da dívida das pessoas, isso tudo gerou renda para a população. E também o crédito, apesar dos altos juros impostos pelo Banco Central. Mas o crédito do BNDES, o crédito do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), o crédito para a agricultura, isso tudo colocou dinheiro mais barato na mão dos setores econômicos e do povo. Dinheiro subsidiado, com juros subsidiados. Se nós tivermos uma taxa de juros decente no país, não essa extorsiva, eu tenho certeza que o nosso crescimento do PIB seria o dobro do que está hoje. E mesmo assim, a gente deve terminar esse ano com um crescimento igual ou superior ao do ano passado, o que é muito importante. E soma-se a isso outros projetos que o governo colocou de pé: está retomando Minha Casa Minha Vida, que é um projeto importante de investimentos, está retomando o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), isso tudo ainda vai gerar muito efeito na economia e no crescimento do PIB.

Uma outra notícia da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal, que mostrou que o real está valorizado em comparação com outras moedas, mesmo que a gente tenha sofrido essas campanhas de desestabilização do mercado, principalmente pela política do atual presidente do Banco Central. A senhora acredita que no futuro próximo uma nova política no BC será possível? 

Eu acredito que sim. E espero que sim. Que as mudanças do Banco Central nos levem a uma nova política monetária e daí, por consequência cambial, positiva para o Brasil. Porque os juros hoje não correspondem à realidade. A nossa inflação está super controlada. Nesses últimos seis meses tivemos uma das menores inflações dos últimos tempos. E se a gente pegar mesmo nos últimos 12 meses, ela está dentro da banda da meta. Então, não precisava desses juros extorsivos. Eu espero muito que o Banco Central tenha atenção para isso. Porque esses juros altos do Banco Central impactam o orçamento da União, drenam dinheiro. Ao invés de nós termos dinheiro para aplicar em mais programas sociais, em mais projetos de renda, nós temos que colocar dinheiro para pagar juros extorsivos da dívida pública, por isso que ele é nefasto para o Brasil. E ele impacta, claro, nas taxas de juros praticadas no mercado para o consumidor, na taxa do cartão de crédito, do cheque especial, no crédito em si. Então, as pessoas ficam mais retraídas. Por isso que é muito, muito importante que o Banco Central seja um Banco Central adequado à realidade que nós estamos vivendo, que é, sim, de uma normalidade na macroeconomia. Nós não temos nenhuma crise. Nossa dívida, que não é externa, porque nós temos reservas internacionais robustas, é uma dívida controlada. Então, nós não podemos continuar com esses juros extorsivos, tinha que baixar. Baixando os juros, eu tenho certeza que o Brasil vira um foguete no crescimento. 

Com relação à sua atuação como deputada, sobre a polêmica quanto às emendas impositivas e as emendas PIX. Primeiro, qual é o posicionamento do PT com relação a isso? Tem alguma orientação partidária no sentido de usar ou não esse tipo de expediente? 

Bom, primeiro sobre as emendas. O PT sempre foi contra as emendas impositivas. O orçamento não é impositivo para o Executivo, por que tem que ser impositivo para o Legislativo? E também é contra o volume de emendas que hoje está na mão do Legislativo, “apenas” quase R$ 50 bilhões para o Legislativo dividir em emendas. Eu não sou contra emenda dos parlamentares e nem acho que é crime parlamentar apresentar emenda, é legítimo, mas não pode ser na mesma ordem dos investimentos que nós temos para o país inteiro. Porque as emendas parlamentares pulverizam, elas tiram o planejamento do objetivo, e nós precisamos de projetos e investimentos mais planejados para o crescimento do Brasil. Portanto, eu acho que a decisão do ministro Flávio Dino foi correta. Quanto à chamada emenda PIX, que até foi uma emenda minha na Constituição, que não era isso, que era emenda direta ao Fundo de Participação dos Municípios, é uma forma, não é conteúdo nem é valor. Ou seja, ao invés de você fazer uma emenda para um projeto específico, você pode fazer uma emenda para passar um recurso para o município através do Fundo de Participação dos Municípios, desburocratizando e facilitando o fluxo do recurso. E isso não impede a fiscalização. Porque os tribunais de contas dos estados fiscalizam os fundos de participação dos municípios, e tem um regramento para essas emendas serem apresentadas.  

Como o PT se organizará em relação à presidência da Câmara?

Em relação à presidência da Câmara, o PT não terá candidato, nós não vemos na presidência da Câmara uma disputa ideológica ou de posicionamento político, mas nós consideramos a correlação de forças, nós queremos participar da eleição do presidente da Câmara tendo alguns requisitos que sejam observados. Primeiro, a estabilidade em relação à governança do Brasil e a repartição de poder dos três poderes, nenhum poder pode se sobrepor aos outros, nós temos que ter um equilíbrio. Então, quem for presidir a Câmara não pode ser de oposição ao governo. Mas tem que ser de condução de uma instituição que é importante para o Brasil. Também não queremos fazer o presidente da Câmara a favor deste movimento ou contra qualquer movimento, a favor ou contra o Lira. Queremos fazer algo que possa cumprir requisitos. Um partido que tem representatividade grande na Câmara tem que ser respeitado nos seus espaços de composição nos cargos que a Câmara tem, tem que ser respeitado politicamente, e a Câmara tem que ter um rito que respeite todos os parlamentares. Por exemplo, nós não podemos ter mais pautas da Câmara decididas ou informadas 15 minutos antes de começar a sessão. Então, são critérios que nós estamos colocando para discutir com as candidaturas que estão colocadas hoje para disputar a presidência. 

A senhora está terminando o seu mandato como presidente do PT depois de ter vivido um dos períodos mais difíceis de toda a história do partido. Em que medida o fato de ser uma mulher fez a diferença? Já está colocada no seu radar a questão da sucessão?

Está colocada, mas é uma coisa que nós vamos discutir a partir da finalização das eleições de 2024. Não vamos antecipar isso. E vamos fazer isso não só olhando nomes para a sucessão, mas também as posições do partido e como o partido quer construir suas intervenções daqui para frente. Então, temos que fazer uma discussão política sobre esse processo que é muito importante. E quanto a essa gestão, primeiro eu quero dizer que eu sou muito honrada e muito feliz de dirigir o PT, acho que foi uma das coisas mais importantes que eu fiz na minha vida. Eu adoro esse partido. É um partido que é vivo, que tem militância, que luta, que nunca baixou a cabeça. E se nós chegamos até aqui passando tudo que nós passamos, nós devemos a essa militância partidária, que nos momentos mais difíceis teve firme, enfrentou todos os problemas e acreditou na causa que nos move desde a nossa criação,que é lutar pela igualdade e pelo direito dos trabalhadores, das trabalhadoras do partido, do povo que sofre, do povo que faz esse país construir sua riqueza. Então, eu fico muito feliz de ter participado desse processo todo. Me considero uma pessoa privilegiada por isso.

Tem algum projeto pessoal para 2026 quando acabar o seu mandato como Presidenta? A senhora consideraria talvez contribuir em um futuro segundo governo Lula? 

Eu sou deputada federal. Vou terminar meu mandato e vou avaliar, obviamente, com o meu grupo político no Paraná, com o partido, quais são os desafios que teremos para depois disso, se é continuar no parlamento ou ter alguma outra função. Em relação ao governo, isso é algo que depende única e exclusivamente do presidente Lula. É ele que monta o seu governo, é o presidente que define e isso não faz parte da vontade de ninguém.

Estamos acompanhando o desenrolar das eleições na Venezuela, e parece que foi sugerido pelo presidente Lula que haja novas eleições. Como a senhora está vendo esse processo? Porque internamente, logicamente, tem muita crítica de petistas também…  

Eu acho que a posição do presidente Lula está correta enquanto chefe de Estado. A posição do PT é uma posição política. Nós temos relação com o PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) da Venezuela há muitos anos, na relação política e também com o povo venezuelano. E quando nós reconhecemos a eleição, reconhecemos em cima do órgão, do reconhecimento do órgão eleitoral venezuelano, do CNE (Conselho Nacional Eleitoral). Como agora tem uma judicialização do resultado, nós estamos esperando que os órgãos de justiça e do judiciário da Venezuela se pronunciem a respeito. 

Para encerrar, a senhora comentou na mesma entrevista à TV Brasil que temos uma característica diferente da Argentina, que o povo argentino vai para a rua e a gente não vai tanto. Te convido a deixar uma mensagem para o nosso leitor para que ele possa se sentir mais estimulado a ir para a rua e ajudar com o Time do Lula.

Eu acho que cada povo tem a sua maneira de lutar. A nossa é diferente do povo argentino, mas isso não quer dizer que seja menor. Nós chegamos até aqui, apesar de todos os problemas que enfrentamos. E a militância do PT foi fundamental para ajudar o povo brasileiro a vencer o autoritarismo, a vencer a extrema direita, foi para a rua, militou e agora, de novo, nós estamos nas eleições. Nós temos que ter orgulho de ser petistas, de ter o 13 no coração, de fazer essa luta, porque é a luta da igualdade, é a luta da vida do povo brasileiro, é a causa que nos fundou, é o que nos mantém vivos até agora. Então eu acredito que vai ser uma eleição em que nossa militância vai para a rua sim, vai estrelar no peito, vai defender o 13, vamos eleger nossos candidatos a prefeitos, e prefeitas, vereadores, vereadoras e nunca nos pode faltar a esperança, o verbo esperançar. É isso que nos move e vai continuar nos movendo. E o PT, como sempre fez, que deu grandes contribuições ao Brasil, continuará a dar grandes contribuições ao Brasil. O PT melhora a vida do povo brasileiro. 

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