Se mantiver desempenho da primeira rodada, há grande chance da França ser liderada por extremistas

Eleições legislativas na França: resultados preliminares colocam extrema direita na frente
Foto Abdul Saboor/ Reprodução Agência Brasil (EBC)
Foto Abdul Saboor/ Reprodução Agência Brasil (EBC)

No último domingo, 30 de junho, os franceses foram às urnas depois de o presidente Emmanuel Macron dissolver a Assembléia Nacional após o crescimento da extrema direita nas vagas para o Parlamento  Europeu, no começo de junho. A medida poderia fortalecer e confirmar os votos que ele recebeu em 2022, no entanto o que se viu uma folgada vitória de partidos de direita e extrema direita. O partido Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, sua principal rival no país, conseguiu impressionantes 34% de preferência nas urnas.

Enquanto a Europa acompanha com ansiedade a segunda rodada de votação para concluir o processo, nas redes sociais, propagandas com imagens de crianças brancas de olhos azuis pede votos para “dar um futuro às crianças brancas”. 

O material do candidato Pierre Nicola-Pups, do Partido Parti de La France, foi denunciado ao Ministério Público pelo prefeito de Neuves-Maisons, por supostamente incitar ódio racial.

A Nova Frente Popular, liderada por Jean-Luc Mélenchon, conquistou 28% dos votos. O político que lidera o movimento França Insubmissa, um dos partidos da Nova Frente Popular, garantiu que no caso da União Nacional  ficar em primeiro lugar e a Nova Frente Popular em terceiro lugar, a coligação partidária da esquerda francesa retiraria a candidatura, para travar a extrema-direita na segunda volta.

O fato é que a decisão de Macron poderá tanto fortalecer o seu mandato, quanto afundar de vez a democracia francesa. Seu partido, o Renaissance, ficou em terceiro lugar, com apenas 20% dos votos.

Após a segunda rodada de votos, a Assembleia Nacional toma posse no dia 14 de julho. Se um candidato consegue a maioria absoluta dos votos (mais de 50% dos votos com pelo menos 25% dos eleitores inscritos), está automaticamente eleito. Diferente das eleições presidenciais, a taxa de abstenção é decisiva. Nas localidades onde nenhum candidato atingiu a quota, é organizada uma segunda volta, já marcada para 7 de julho. Qualquer candidato que tenha obtido mais de 12,5% dos votos pode passar à segunda volta. Para indicar o primeiro ministro, um partido deve formar maioria absoluta das 577 cadeiras e conquistar 289 vagas.

Com informações da Euronews e Le Monde

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