Em verdadeiro movimento de reparação ao povo brasileiro, que havia retornado ao mapa da fome, atingindo níveis extremos de pobreza, governo Lula retoma políticas de recuperação de emprego e renda e ruma à 8ª maior economia do mundo, segundo o FMI

A DUPLA – Presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Embora canais de notícia na TV ainda dediquem horas de seus caros comentaristas a desdenhar do desempenho econômico brasileiro, a passos largos a política de reconstrução desenhada pelo governo Lula já atinge resultados vultosos já no fechamento do primeiro trimestre de 2024: o Brasil está próximo de se tornar a 8ª maior economia do mundo. Animadores também os números que anunciam o crescimento de renda e queda de desemprego, uma verdadeira transformação desde o fim do governo anterior, que deixou o Brasil de volta ao mapa da fome e aumentou a extrema-pobreza. 

O trabalho – de muita sorte, dizem – tem dado resultado e contrariou previsões pessimistas do próprio FMI. A projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2024 é de 2,2%, o que levará o país à 8ª posição no ranking das maiores economias globais.  Os dados foram divulgados pelo Fundo Monetário Internacional esta semana, em Washington, nos Estados Unidos, nos relatórios World Economic Outlook e Fiscal Monitor.

Conforme a publicação anterior do FMI sobre a economia global – o World Economic Outlook de outubro do ano passado – o Brasil só chegaria à oitava posição no ranking mundial em 2026. “A revisão para cima do Brasil vem da expectativa da “consolidação da política fiscal, efeitos da política monetária restritiva (controle da inflação), apesar de uma menor contribuição da agricultura”, diz o documento. O relatório ainda cita que, depois da inflação no país caminhar em direção à meta, o Banco Central iniciou seu ciclo de corte nos juros, em 2023.

A revisão aponta um aumento de 0,5% em comparação com a projeção anterior, que sugeria um crescimento de 1,7%. No ano de 2023, a economia brasileira registrou um crescimento de 2,9% em seu Produto Interno Bruto (PIB). Se as projeções do FMI se confirmarem, o PIB brasileiro chegará a US$2,3 trilhões, deixando a Itália com a posição do 9º lugar. 

A despeito do que foi apresentado pelo Governo, no entanto, o FMI projeta piora no déficit das contas públicas, mas a Fazenda rebate. A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que foi entregue ao Congresso, prevê déficit zero em 2025, e superávit de 0,25% em 2026. A meta anterior era de superávit de 0,5% em 2025 e de 1% em 2026. A margem de tolerância é de 0,25 ponto percentual.

O presidente Lula comemorou mais esse avanço da economia brasileira. “A previsão do FMI é o Brasil ocupar a 8ª posição na economia mundial. Quando assumi, em 2023, nosso país estava na 11ª posição. Voltamos ao grupo das 10 maiores economias já no primeiro ano de governo e seguimos avançando com muito trabalho”, disse Lula, nas redes sociais.

O crescimento é, na verdade, o começo da decolagem: uma reparação ao povo brasileiro com a recuperação econômica de um país que, governado por agentes do mercado desde o Golpe de 2016, iniciou um declínio econômico que culminou no desastre do governo Bolsonaro, que colocou o Brasil novamente no Mapa da Fome. Em 2023, 16,9 milhões de brasileiros e brasileiras (8,3% da população do país) estavam abaixo da linha de extrema pobreza.  Em 2022, 9,6% da população vivia em condições extremas de miséria. O país chegou a registrar 33 milhões de pessoas em situação de fome na gestão bolsonarista. 

Renda bate recorde histórico 

A ampliação do Bolsa Família e o mercado de trabalho aquecido ajudaram a renda média domiciliar per capita a bater recorde em 2023. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio por pessoa atingiu patamar de R$1.848, o maior desde o início da série histórica, em 2012. Os dados são ajustados pela inflação e integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgada na última semana.

“Quando você distribui renda, você combate a pobreza, combate a miséria, aumenta a distribuição e aumenta o consumo, porque quanto mais massa salarial, mais consumo, e a economia induz um processo de crescimento, isso é muito importante”, enfatizou o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho, sobre a importância da valorização do salário mínimo.

Gustavo Fontes, analista da amostra, aponta o Bolsa Família, a queda do desemprego e o aumento real do salário mínimo como responsáveis pelos números expressivos divulgados pelo IBGE. Em relação a 2022, a renda média per capita apresentou alta de 11,5%. “Além do crescimento do benefício médio desse programa, houve expansão do percentual de domicílios beneficiados”, esclarece o pesquisador.

Os dados indicam que o Bolsa Família alcançou quase 20% dos lares brasileiros, no ano passado, um em cada cinco domicílios do país. O percentual também é o maior da série histórica. Em números absolutos, o programa protegeu quase 15 milhões de endereços.

Em 2023, a totalidade dos rendimentos domiciliares per capita foi de R$398,3 bilhões, a mais alta da série da Pnad. Se comparado com 2019, maior montante até então, houve expansão de 9,1%.

Transferência de renda diminuiu pobreza 

As transferências de renda, afirma o IBGE, elevaram os ganhos das frações mais vulneráveis da população, contribuindo para reduzir as assimetrias socioeconômicas. A desigualdade de renda medida pelo Índice de Gini manteve-se no menor nível da série histórica.

“Teve um efeito que contrabalançou isso, dos rendimentos de programas sociais, particularmente o Bolsa Família. Foi um efeito contrário, beneficiando sobretudo os domicílios de menor renda”, conclui Fontes.

O aquecimento econômico traz impactos sociais imediatos: o aumento da renda do povo brasileiro, a melhora na economia e o crescente número de novos postos de trabalho com o governo Lula resultaram no menor índice de nível de pobreza já registrado no Brasil. 

Os dados são do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social). Os cálculos foram realizados a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), divulgados na sexta-feira (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Governo Lula propõe aumento de salário 

As boas notícias seguem: o governo Lula deu prosseguimento à política de valorização do salário mínimo com o envio ao Congresso do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, que prevê o valor de R$ 1.502 – alta nominal de R$ 90 (6,37%) em relação ao atual, de R$ 1.412. O ganho real, ou seja, acima da inflação, é de 2,9%.

Conforme a política retomada por Lula no ano passado, o reajuste do salário mínimo passou a incluir o índice de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), não mais apenas a obrigação constitucional de aplicar a inflação do período, como era nos governos anteriores.

Quando foi aplicada nos governos Lula e Dilma (de 2003 a 2016), a política de valorização do salário mínimo serviu como um poderoso instrumento de distribuição de renda, de combate às desigualdades sociais e também de reaquecimento da economia, com o estímulo ao consumo e à produção. Ao longo desse período, o salário mínimo teve um aumento real de 74%.

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