Com apoio do MinC, Salvador receberá primeiro Centro Cultural Banco do Brasil das regiões Norte-Nordeste
Ministra Margareth Menezes participou de cerimônia de assinatura de protocolo de intenções celebrado entre governos Federal, da Bahia e Banco do Brasil
Em Salvador (BA), a ministra da Cultura, Margareth Menezes, assinou, nesta sexta-feira (22), protocolo de intenções junto ao governo do Estado da Bahia e ao Banco do Brasil para a instalação do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Salvador-Bahia. O complexo cultural será instalado no Palácio da Aclamação, centro da capital baiana.
Patrimônio Cultural do estado, o Palácio que abrigou a cerimônia e, no futuro, receberá o CCBB, por 55 anos, foi residência oficial dos governadores do estado, palco de inúmeros acontecimentos históricos e de importantes decisões políticas.
Para a ministra, esse é um momento especial, não só para a Bahia, mas para o Brasil. “Nós estamos trabalhando desde a retomada do Ministério da Cultura com essa visão de nacionalizar a oportunidade do fomento, dos equipamentos culturais. E esses equipamentos são um brinde, tanto pela beleza desse prédio, quanto pela beleza do que vem aí com esse Centro Cultural do Banco do Brasil. Estou muito feliz como ministra, mas também como artista, como baiana e como brasileira. Isso vem ao encontro das políticas que estamos fazendo no governo do presidente Lula, de dar essa oportunidade para todos”.
A chefe da Cultura completou: “Nós não estamos descentralizando, nós estamos nacionalizando, vendo o Brasil como um só. E é com essa direção de pensamento que nós estamos trabalhando o fomento da cultura no Brasil”, pontuou ao lembrar que o BB foi um dos primeiros parceiros do MinC.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, explicou que a área onde o Palácio está localizado será um grande complexo. “Nós estamos dando o pontapé inicial. Aqui, nós teremos um complexo, entregaremos um novo Teatro Castro Alves. Aqui, chegará um metrô até o Campo Grande e junto com esse CCBB nós teremos aqui um complexo de cultura muito forte. Nós trabalharemos para revitalizar o centro histórico, chegando ao Campo Grande, Avenida 7, Carlos Gomes”.
A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, destacou que é cada vez mais evidente que a diversidade é a maior catalisadora da criatividade e papel do MinC para o setor. “O setor criativo é e tem um grande potencial para a geração de empregos e o fomento à economia. Estamos vivenciando a retomada da valorização da cultura, com a relevância que ela merece, por meio da recriação do MinC, com a formulação de políticas públicas de forma democrática e participativa, bem como pela destinação de investimentos crescentes para os fazedores de cultura do nosso país”.
Para a presidente do Banco, “a Bahia sempre precisará estar em nossos imaginários coletivos como brasileiros, para sermos um país mais inclusivo e plural”. “São essas razões que fizeram o BB estreitar ainda mais o seu vínculo com o estado. Quero destacar que o surgimento deste espaço cultural transcende a parceria entre o banco e a Bahia. Trata-se de um ato de coragem, de revisão histórica e uma demonstração concreta do Banco do Brasil de contribuir para descentralizar os investimentos em cultura, que, sabemos, são concentrados em outras regiões do país. É a nacionalização da cultura”, disse.
Trata-se do quinto aparelho cultural do Banco do Brasil, que possui centros no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. O CCBB Salvador-Bahía fortalecerá um circuito cultural da região central de Salvador, marcada pela presença de museus, galerias, teatros, cinemas e outros equipamentos culturais. Do Pelourinho, passando pela avenida Carlos Gomes, à Avenida Contorno, Barris, Campo Grande, Canela, Corredor da Vitória e Graça.
Histórico
O movimento de expansão dos CCBBs e da pauta cultural pelo BB deu um passo no último edital de Patrocínios Centro Cultural Banco do Brasil 2023/2025, que estabeleceu um eixo curatorial pautado em projetos que sejam inclusivos, reafirmem as nossas origens e ancestralidade, narrativas regionais e o pensamento decolonial. O intuito era garantir que houvesse projetos que contemplassem todas as regiões do país. Foram selecionados 137 projetos entre os mais de 6 mil inscritos. A atuação conjunta com o Ministério da Cultura potencializou a descentralização geográfica da origem dos projetos selecionados. As regiões Norte e Nordeste têm grande percentual de projetos selecionados, o que garante maior diversidade e inclusão de todas as manifestações artísticas do país.
Os projetos começaram a rodar pelos quatro centros culturais do BB – no Rio, em Brasília, São Paulo e BH – a partir do segundo semestre de 2023, garantindo uma programação diversificada e inclusiva. Em 2023, o Banco do Brasil investiu mais de R$ 50 milhões na programação cultural dos CCBBs, sendo R$ 14,7 milhões via Lei de Incentivo à Cultura. No período, os CCBBs foram palcos de 251 iniciativas culturais, com mais de 3,7 milhões de visitantes, número 20% maior que o do ano anterior.
CCBB
Os CCBBs são centros de excelência que figuram entre os espaços culturais mais visitados do mundo e têm como diferenciais a diversidade e ineditismo de programações, que contribuem para democratizar o acesso à cultura e geração de empregos.