O cessar-fogo e a constituição dos dois estados
Carta ao leitor
Alberto Cantalice
O bombardeio contínuo sobre a Faixa de Gaza choca e envergonha o mundo. A crueldade na morte de civis, principalmente crianças foge de qualquer racionalidade. Os apelos da comunidade internacional não vêm sendo acatados por Benjamin Netanyahu e seus fundamentalistas da extrema-direita, que de uma guerra contra o terrorismo do Hamas, transmudou-se em genocídio do povo palestino.
A pretexto de atacar bunkers, o exército israelense ataca escolas, hospitais, mesquitas e até ambulâncias. É uma lógica de cerco e aniquilamento cujas principais vítimas são as pessoas comuns, os mais vulneráveis.
As manifestações cada vez mais massivas ao redor do mundo tem servido para demonstrar a indignação internacional com o massacre e posto pressão nos governos para que intervenham por um cessar-fogo imediato.
Os principais veículos da mídia internacional todos os dias apontam o assombro com tamanha insensatez da cúpula israelense.
O Papa Francisco um dos líderes religiosos mais importante do mundo tem reiteradamente se manifestado pelo fim dos bombardeios e pedindo um pouco de humanidade nessa hora.
O Brasil liderado por Lula defende desde o início do conflito o cessar-fogo. Condenou imediatamente os atos terroristas cometidos pelo Hamas e pediu serenidade aos israelenses. Nosso país foi a primeira nação a resgatar seus nacionais em território de Israel e iniciou uma longa e persistente cruzada para resgatar os outros que estavam em Gaza.
A chegada de nossos compatriotas sãos e salvos demonstram o caráter humanista e solidário do novo governo Lula. Diferentemente do governo anterior de Bolsonaro que empatia com o outro nunca foi o forte.
Entendo que passado o sufoco dos resgates, é a hora do Itamarati convocar o embaixador israelense em Brasília para prestar esclarecimentos pela reunião extemporânea realizada no Congresso Nacional.
O Brasil deve continuar buscando o fim do conflito e seguir junto aos foros internacionais trabalhando pela constituição plena dos dois estados: Palestina e Israel.
Esse é o único caminho!