A mídia e os acertos do governo
Alberto Cantalice
Em uma semana em que se mostraram com grande evidência os êxitos do governo liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os arautos da banca e os quinta-colunas da subserviência voltaram suas baterias contra o Planalto.
Apesar dos indicadores demonstrarem uma recuperação no poder de compra das famílias brasileiras — crescimento de 6,8% no consumo das famílias, segundo a Associação Brasileira de Supermercados — e as agências de risco internacionais apontarem um viés de alta no rating brasileiro, para não falar do Desenrola Brasil, criado pelo Ministério da Fazenda, que permitiu a milhões de brasileiros zerarem suas dívidas, parte da mídia continua exalando mal-estar com o governo.
A patética cobertura da ida da ex-presidenta Dilma Rousseff a Rússia, um dos países associados ao BRICS fundador do NDB que ela preside, foi de uma pequenez tacanha.
Outro episódio digno de nota foi a tentativa de inviabilizar o nome do economista Márcio Pochmann para presidir o IBGE. Inventaram uma crise entre o presidente e a sua ministra do Planejamento, Simone Tebet. Tal “crise” nunca existiu. A ministra está completamente alinhada com Fernando Haddad e vem desenvolvendo uma parceria exemplar cujos frutos estão na aprovação do arcabouço fiscal e na reforma tributária.
A veemência como trataram a nomeação de Pochmann, um professor da Unicamp, doutor em ciências econômicas e ocupante de vários cargos de relevância, é patética. Ele foi presidente do IPEA, secretário do Trabalho na Prefeitura de São Paulo e um dos coordenadores do DIEESE. A reação misturou um corporativismo meritocrático com a ojeriza de porta-vozes do “mercado”, que têm arrepios a tudo que cheira a desenvolvimentismo.
Acadêmico, autor de dezenas de trabalhos e livros publicados, Pochmann foi vencedor do Prêmio Jabuti em 2002, na categoria Economia, Direito e Administração. Ele também dirigiu a Fundação Perseu Abramo. Agora, foi indicado ao cargo de presidente do IBGE por Lula, aquele a quem o povo deu nas eleições de 2022 a outorga para nomear pessoas na administração pública.