Governo define em 1,7% a taxa máxima a ser cobrada em empréstimo a aposentados. Até agora eram 2,14%

Redução nos juros do consignado
BANDEIRA O ministro Carlos Lupi comemorou a queda da taxa de juros

Boa notícia aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Está mais barato tomar um empréstimo consignado. Na segunda-feira, 13, o Conselho Nacional da Previdência Social aprovou redução de 0,44 ponto percentual no teto dos juros cobrados nessa modalidade de empréstimo. Com a mudança, o juro máximo que os bancos poderão cobrar pelo consignado a aposentados e pensionistas caiu de 2,14% para 1,70% ao mês.

Houve redução também dos juros cobrados para o cartão de crédito consignado dos beneficiários. Neste caso, o teto caiu de 3,06% para 2,62% ao mês. As novas regras já estão em vigor.

A redução do teto dos juros para os novos contratos foi uma proposta feita pelo governo Lula. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, que preside o CNPS, ressaltou que “baixar os juros é a bandeira do nosso governo e, no que depender do Ministério da Previdência, estaremos sempre prontos para ajudar”.

Deputado federal e coordenador do grupo de trabalho instituído na Câmara para acelerar o texto da reforma tributária, Reginaldo Lopes (PT-MG) reforça que uma das preocupações do governo Lula é reduzir não só os juros definidos pelo Banco Central, mas todas as taxas cobradas da população.

“É lamentável que, para além das taxas de juros praticadas hoje pelo Banco Central, são mais altas as alíquotas cobradas para o crédito a varejo, mesmo no formato de consignado, que tem liquidez garantida”, disse. “É um crime o que nós cobramos no Brasil, não só no consignado, mas também no capital, no empréstimo a varejo, como cartão de crédito”. O deputado disse que é preciso ampliar o debate e não permitir mais que “a ciranda financeira” venha comprometer a liquidez e a renda do povo, em especial dos mais pobres. “Precisamos lutar muito para melhorar cada vez mais, e avançar em legislações fortes e em políticas mais estruturantes para reduzir as altas taxas de juros no Brasil”, aponta. •