Operações de busca e apreensão
PF faz operação nas casas do governador afastado e do ex-secretário executivo da Segurança Pública do DF. Outras 16 ações são realizadas em outros cinco estados
O Supremo Tribunal Federal manteve na última semana a ofensiva para desbaratar a organização bolsonarista responsável pelos ataques à Praça dos Três Poderes. Além de manter a prisão da maioria dos radicais que depredaram as sedes do STF, Palácio do Planalto e do Congresso, o ministro Alexandre de Moraes apura as responsabilidades pela falha na segurança do Distrito Federal.
Na sexta-feira, 20, a Polícia Federal fez uma operação de busca e apreensão na casa do governador afastado do DF, Ibaneis Rocha. Agentes federais buscaram documentos em três endereços ligados a ele: a residência pessoal, um escritório e o Palácio do Buriti, sede do governo.
Ex-secretário executivo da Segurança Pública do Distrito Federal, Fernando de Souza Oliveira também foi outro alvo da PF. As ações foram tomadas para recolher “provas para instruir o inquérito” sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
Outra operação da PF ligada aos ataques, batizada de Lesa Pátria, teve início na sexta para identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atentados golpistas. Oito mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão foram expedidos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Os nomes não foram revelados publicamente.
Há expectativa ainda quanto ao ex-secretário da Segurança Pública e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Ele deve prestar novo depoimento à PF nesta semana. Na quarta-feira, 19, ele se manteve em silêncio no primeiro depoimento prestado à PF. Torres segue preso no 4º Batalhão da PM.
Segundo os advogados, Torres estaria preparado para falar sobre o conteúdo de seu celular e as razões para não ter trazido o aparelho na viagem dos Estados Unidos de volta ao Brasil. •