Com o desmonte dos programas sociais que permitiu ao país sair do Mapa da Fome no governo Dilma, em 2014, Bolsonaro ainda tirou comida do prato dos alunos da pré-escola e do ensino fundamental e médio. Ignorando a inflação, o governo repassa  agora menos de R$ 1 por aluno para a alimentação de cerca de 40 milhões de alunos da rede pública do país. Cada criança recebe o equivalente a R$ 0,53 para a alimentação na pré-escola. O MEC repassa ainda menos para quem está no ensino médio e fundamental: R$ 0,36. 

Os dados ampliam ainda mais o quadro de penúria social causado por Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes, cujo saco de maldades é focado em ampliar a miséria. Para os alunos em idade pré-escolar e, portanto, em fase de crescimento, a escassez de alimentos tem efeito avassalador para a formação das crianças, com o agravamento da desnutrição infantil.

Diante do quadro, uma rede de entidades coordenada pelo Observatório da Alimentação Escolar e pela Organização pelo Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas (FIAN Brasil) lançou uma carta aos candidatos à Presidência na qual pede compromisso com reajustes adequados para gastos no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Para isso, as entidades sugerem que o orçamento do programa saia dos atuais R$ 3,96 bilhões para R$ 8 bilhões. Além disso, propõem um reajuste anual definido em lei que siga o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para bebidas e alimentos. • 

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