No Brasil de Jair Bolsonaro, os recursos federais do Orçamento servem para fazer politicagem com aliados do Centrão, mas vêm sofrendo sucessivos cortes para programas de prevenção de desastre ou contenção de encostas em áreas urbanas. No ano passado, os recursos sofreram redução de 75% do orçamento.

Desde que assumiu o governo, Bolsonaro tem reduzido de maneira significativa as verbas para ações do programa de gestão de risco e resposta a desastres, do Ministério de Desenvolvimento Regional. Para o Recife, o governo cortou 45% de verba de combate a desastres. Já passa de 106 o número de mortos em Pernambuco.

Com menos recursos foram feitas menos obras para conter encostas. Este ano, o país contabiliza pelo menos três grandes tragédias por deslizamento: duas no Rio de Janeiro e as mortes no Grande Recife. Em fevereiro, morreram em Petrópolis 233 pessoas por conta de deslizamentos. Em abril, em Paraty e Angra dos Reis, foram 16 mortos.

O Orçamento de 2022 prevê R$ 447,9 milhões para que o Ministério do Desenvolvimento Regional invista em gestão de riscos e Respostas a desastres. O valor é 35,38% menor do que no ano anterior – também marcado por catástrofes –, quando o governo reservou R$ 693,2 milhões. •

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