21 de março de 1961 – CNBB lança movimento de educação de base

O presidente Jânio Quadros decreta o reconhecimento oficial ao Movimento de Educação de Base (MEB). A ação será financiada principalmente pelo Ministério da Educação e Cultura, com ajuda de outros órgãos governamentais, e gerido pela CNBB, que se responsabilizará também pelas instalações.

Com recursos federais, a Igreja Católica busca reproduzir, em escala nacional, a experiência iniciada em Natal pelo bispo dom Eugênio Sales — a instalação de cadeias de escolas radiofônicas destinadas a levar conhecimentos técnicos agrícolas às sociedades rurais.

Com o MEB, abraçaria a ideia de alfabetização em massa nas regiões subdesenvolvidas do país. Seus objetivos previam também a educação sanitária, a iniciação agrícola e a formação profissional nas regiões rurais. O MEB se constituiria em importante instrumento de atuação da ala progressista da Igreja Católica no campo, atraindo militantes leigos de esquerda.

 

Outras datas históricas

18/03/1871: Eclode a Comuna de Paris, uma das mais importantes insurreições populares do século 19.

19/03/1872: Nasce a líder russa e teórica do marxismo Alexandra MikhaylovnaKollontai.

24/03/1932: Nasce Paul Singer, economista.

24/03/1966: Criado o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) partido de oposição ao regime militar, instiuído após a impugnação do Ato Institucional nº 02, que definiu o bipartidarismo. A legenda aglutinou setores de esquerda, do PTB, PDC e PSD.

24/03/1976: Golpe Militar na Argentina.

24/03/2005: Aprovada a Lei de Biossegurança.

18/03/2016: O ministro Gilmar Mendes (STF) suspende nomeação de Lula como ministro da Casa Civil e mantém investigações sobre petista com o juiz Sérgio Moro.

 

 

21 de março de 2003 – Lula cria SECRETARIA da Igualdade Racial

A semana na história - 18 a 24 de Março

Apesar de décadas de movimento organizado, a população negra só foi ver demandas históricas serem atendidas com a chegada de Lula à Presidência da República. Uma das principais reivindicações era a criação de um ministério destinado à promoção da igualdade racial. Em 21 de março de 2003, é criada a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Por meio da secretaria, a pauta racial se tornou política de Estado, envolvendo desde ações de combate ao racismo até a construção de políticas de ações afirmativas.

Um dos principais avanços alcançados com a secretaria foi o reconhecimento das negras e dos negros como sujeitos de direitos — na contramão da desumanização promovida pela estrutura racista vigente. No campo institucional, os governos petistas também promoveram avanços importantes, entre os quais se destacam a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nas escolas da educação básica, a sanção do Estatuto da Igualdade Racial, a criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, a lei de cotas raciais e a cooperação com países africanos.

 

 

19 de março de 2017 – Inauguração da transposição do Velho chico

A semana na história - 18 a 24 de Março

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff desembarcam em Monteiro (PB) para a inauguração popular da transposição do São Francisco — o maior legado dos governos petistas na região historicamente castigada pelas secas.

Uma multidão acompanhou os ex-presidentes em 19 de março de 2017, quando finalmente ganhou forma o projeto que se estendia por 477 km, levando água a 12 milhões de pessoas, habitantes de 390 municípios situados nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

A transposição do Velho Chico era estudada já no tempo do Brasil Império. Mas foi só em 2007, durante o segundo governo Lula, que a ideia começou a sair do papel.

“Eles agora dizem que [o projeto] não tem paternidade. Se eles têm vergonha, nós não temos. Nós temos orgulho de dizer: nós somos pai, mãe, irmão, tio, primo e sobrinho da transposição das águas do rio São Francisco”, disse Lula.

Os governos Lula e Dilma foram responsáveis pela execução de 88% das obras do empreendimento.  O restante ficou por conta dos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro

 

20 de março de 2003 – EUA invadem Iraque

Um ano e meio após os atentados de 11 de setembro de 2001, o presidente George W. Bush ordena a invasão ao Iraque, como parte de sua campanha de “guerra ao terror”. A Casa Branca alega nas Nações Unidas que Saddam Hussein estaria armazenando armas de destruição em massa e financiando ações da Al-Qaeda — acusações nunca comprovadas.

Apesar da campanha mundial contra a guerra e da posição contrária do Conselho de Segurança da ONU, o conflito se arrastou por mais de oito anos. Segundo estatísticas oficiais, até 2011 a guerra teria custado 170 mil vidas. Relatórios apontam para a morte de mais de

1 milhão. Em dezembro de 2003, Saddam Hussein foi encontrado num buraco que usava como esconderijo. Em 2006, foi condenado à forca.

 

19 de março de 2009 – STF confirma reserva Raposa Serra do Sol

A homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol é confirmada pelo Supremo Tribunal Federal em 19 de março de 2009. A sentença encerrou juridicamente a disputa territorial, beneficiando 20 mil indígenas das etnias uapixana, ingaricó, macuxi, patamona e taurepangue.

Situada no noroeste de Roraima, a área de aproximadamente 1,7 milhão de hectares era disputada desde os anos 1970 por indígenas e arrozeiros. Só em 1998 as terras foram demarcadas e a posse assegurada aos povos indígenas.

A homologação definitiva viria em abril de 2005, por meio de decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Deputados e senadores de Roraima e o governador José de Anchieta Júnior (PSDB) recorreram à Justiça para derrubar a medida, mas foram derrotados no STF. Após a sentença, os arrozeiros foram retirados das terras indígenas, num processo encerrado em junho de 2009.