O PT blindou o Brasil
Com Lula e Dilma, reservas passaram de US$ 36,2 bilhões para quase US$ 380 bilhões. Bolsonaro conseguiu, nos dois primeiros anos de seu mandato, diminuir as reservas em US$ 20 bilhões
Em tempos de incertezas e volatilidade no cenário internacional, é essencial destacar o papel que os governos Lula e Dilma — de 2003 até o Golpe de 2016 — tiveram para blindar o Brasil contra crises externas, como a atual decorrente do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Os governos do PT, com um modelo de desenvolvimento econômico com justiça social e respeito ao meio ambiente e aos direitos da classe trabalhadora, tomaram a decisão estratégica de formar um colchão de proteção com uma reserva de cerca de US$ 380 bilhões, dez vezes mais do que havia em 2002, quando Lula foi eleito.
Tais reservas funcionam como uma espécie de seguro para o país garantir o cumprimento das suas obrigações no exterior. Em tempos de crise, como a atual, são as reservas que garantem um ambiente de segurança para o enfrentamento de um cenário de volatilidade nos mercados internacionais. Em apenas 13 anos, as reservas saltaram de US$ 36,2 bilhões para R$ 380 bilhões. Entre 2019 e 2020, o governo Bolsonaro conseguiu diminuir as reservas em US$ 20 bilhões.
Mesmo com a diminuição, o Brasil ainda está blindado, conforme reconheceu há pouco o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle. Ele atestou que, graças às gestões petistas, o Brasil tem hoje condições de enfrentar tempestades econômicas. O país hoje tem só 5% da dívida em dívida externa e a participação dos estrangeiros na dívida interna é de 10%.
Não fosse a gestão estratégica dos governos do PT, a situação do Brasil estaria em plena turbulência, já que a política econômica do atual governo é desastrosa: desemprego acelerado, inflação galopante, perda de renda, fome e miséria, que se espalham pelos quatro cantos do Brasil. Índices como desemprego médio e pobreza extrema explodiram com Bolsonaro, enquanto com o PT a redução foi superlativa.
Os governos de Lula e Dilma tiraram o país da tutela do FMI e acumularam as reservas estratégicas. Com isso, o Brasil nunca mais quebrou, nunca mais teve de voltar ao FMI nem de mendigar dólares em outras fontes.
Em 2015, a dívida externa bruta representava 18,6% do PIB — em 2002, chegara a 41,6% do PIB. E a dívida externa líquida — dívida bruta menos reservas —, que era de 37% do PIB, em 2002, passou a ser negativa a partir de 2007: -2,5% do PIB em 2015.
Neste ano eleitoral, em que Bolsonaro já mostra que sua máquina de mentiras e fake news está azeitada, o povo brasileiro precisa fixar atenção a essas manobras. O atual governo nada fez para que o Brasil pudesse enfrentar um cenário internacional adverso. Pelo contrário, o país virou pária internacional com um presidente negacionista e fanfarrão que enterrou a respeitável diplomacia, até há pouco tempo referência no concerto das nações.
Além de ter torrado US$ 20 bilhões das reservas deixadas por Lula e Dilma, Bolsonaro colecionou outros fracassos. O PIB per capita — relação entre a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e o número de habitantes —, por exemplo, sofreu a maior queda desde 1996: 4,8%, superando a baixa do PIB, de 4,1%, em 2020. Em 2013, o indicador foi o maior da história, batendo R$ 39.580 mil.
O Brasil, de fato, estava quebrado em 2002, quando Lula ganhou as eleições e, a partir de 2003, passou a adotar um modelo contrário ao antinacionalismo neoliberal. Com o Golpe de 2016, a agenda foi retomada e, agora radicalizada pelo governo militar conduzido pelo ex-capitão, afundando o Brasil numa crise econômica e social e sanitária sem precedentes.
Com a possibilidade de Lula ganhar as eleições presidenciais, o povo brasileiro poderá recuperar a autoestima e a esperança de dias melhores, para que o Brasil nunca mais fique de joelhos perante interesses estrangeiros e que a fome seja um mal expurgado de nossa realidade.
Com o PT, uma verdadeira revolução democrática foi implementada, trazendo conquistas como a geração de 22 milhões de empregos, mantendo os direitos, e a retirada de mais de 36 milhões de pessoas da linha de pobreza, graças à decisão de fortalecer o Estado e adotar políticas públicas e sociais voltadas para distribuir renda, garantir direitos e fazer inclusão social. •