7 de dezembro de 1941

Japão bombardeia Pearl Harbor

Aviões japoneses atacam de surpresa a base naval norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí, sem prévia advertência ou declaração de guerra. O ataque destrói ou danifica ao menos 21 navios e 347 aviões e deixa cerca de 2.400 mortos e 1.200 feridos.

O ataque era esperado. Em 27 de setembro de 1940, o Japão havia assinado aquilo que ficaria conhecido como o Pacto Tripartite, com a Alemanha e a Itália. A partir de então esses países formaram o Eixo, com o objetivo de conquistar territórios militarmente e destruir o comunismo soviético.

O ataque japonês foi avassalador, e o presidente Franklin Roosevelt foi informado minutos depois. No dia seguinte, o país declararia guerra ao Japão. Rapidamente, receberia o apoio do Canadá, que também entraria na guerra.

No Brasil, Getúlio emitiu nota oficial, declarando solidariedade aos Estados Unidos. Roosevelt agradeceu e pediu-lhe autorização para enviar, a cada uma das bases militares nordestinas — Recife, Natal e Belém —, cinquenta técnicos, pois o Pacífico estava interditado pelos japoneses, e os norte-americanos precisariam parar em Natal para reabastecer suas aeronaves antes de atravessar o Atlântico. Na verdade, porém, não eram técnicos, eram fuzileiros navais, o que causou desconforto nos meios militares brasileiros.

 

Outras datas históricas

05/12/1911: Nasce Carlos Marighella

06/12/1998: Hugo Chaves eleito presidente na Venezuela

07/12/1952: Nasce o historiador Nicolau Sevcenko

07/12/1995: Fundação do Partido da Causa Operária (PCO).

A semana na história - 3 a 9 de Dezembro

4 de dezembro de 1987

PT apresenta A candidatura de Lula

“Pela primeira vez um trabalhador disputará a Presidência da República. Um trabalhador que representa a luta de mi­lhões de oprimidos na cidade e no campo”. Assim, após o 5º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Lula era apresentado como candidato da legenda a Presidência da República. José Sarney (PMDB) era o presidente do Brasil.

Lula chamou a militância à luta, disse que só teria chance de vitória se cada militante fosse também um candidato em campanha. “A gente vai mostrar como é que o PT quer resolver o problema da dívida ex­terna. Va­mos mostrar que não se brinca com 140 milhões de pessoas. Vamos mostrar que se distribui renda é taxando o lucro”, discursou.

“Va­mos mostrar que, com o PT no governo, banqueiro não bate o pé nem dá murro na mesa. Vamos ocupar cada espaço pa­ra dizer que socialismo não é bicho-papão. Este será o momento de mostrar que a gente pode tirar o país do lamaçal em que se encontra”, afirmou.

Nas eleições presidenciais de 1989, Fernando Collor (PRN) foi eleito após a disputa contra Lula no segundo turno — 53,03% a 46,97% dos votos válidos.

 

A semana na história - 3 a 9 de Dezembro

8 de dezembro de 1991

URSS acaba e A Guerra Fria chega ao fim

Rússia, Ucrânia e Bielorrússia anunciam a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), criada em 1922 como resultado da Revolução Bolchevique de 1917. Com o fim da URSS, desmonta-se a experiência do socialismo real iniciado em 1989 com a queda do Muro de Berlim. Termina também a Guerra Fria, que opunha o bloco socialista ao Ocidente liderado pelos Estados Unidos.

O colapso da URSS teve início em 1985 com a posse do presidente Mikhail Gorbatchev, que propôs medidas para enfrentar a crise do regime. A política batizada de “perestroika” determinou alterações profundas na estrutura do sistema econômico. A “glasnost” realizou mudanças para mitigar o poder do Estado e ampliar as liberdades individuais e coletivas.

O governo soviético não conseguiu, porém, conter as reformas nos limites planejados. Em pouco tempo, o mundo assistiu à queda de praticamente todos os governos socialistas do Leste Europeu.

A nova Rússia começou a caminhar com reformas econômicas e terapia de choque: em 2 de janeiro os russos acordaram com um aumento substancial dos preços. A inflação ultrapassou 300% naquele ano.

 

 

7 de dezembro de 2003

12ª Conferência de Saúde revigora o SUS

Com o lema “Saúde: um direito de todos e dever do Estado. A saúde que temos, o SUS que queremos”, a 12ª Conferência Nacional de Saúde é realizada em Brasília entre os dias 7 e 11 de dezembro. Buscando produzir orientações para o novo Plano Nacional de Saúde, a conferência foi antecipada para o primeiro ano da nova gestão federal.

Pela primeira vez, foram realizadas conferências prévias em todos os estados e em 3.640 municípios para envolver a sociedade no debate e embasar as discussões do evento nacional.

A 1ª Conferência Nacional de Saúde ocorreu em 1940. Nos governos Lula, foram realizadas 74 das 115 conferências dos diversos setores ocorridas no país até 2010.

 

 

6 de dezembro de 2007

MUTIRÃO PARA EMITIR CERTIDÕES

O governo Lula lança o Compromisso Nacional pela Erradicação do Sub-registro Civil de Nascimento e Ampliação do Acesso à Documentação Básica. Os mutirões para emissão de certidões de nascimento e de documentação básica são realizados na sua maioria em áreas rurais, beneficiando sobretudo comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas. Mais de 2 mil mutirões para emissão de certidões de nascimento e de documentação básica seriam realizados até 2014 no Nordeste e na Amazônia Legal, as duas regiões com os maiores índices de indivíduos não registrados.

Dados de 2003 estimavam que o índice de sub-registro no Brasil atingia 18,9% da população. Eram brasileiros e brasileiras que, sem documentos de identificação, não tinham garantido o acesso a direitos básicos de cidadania. O índice recuaria para 8,2% em 2009. Ainda segundo dados do IBGE, a proporção de bebês não registrados nos cartórios brasileiros caiu de 17,6% em 2004 para 1% em 2014.