A perda do emprego (43%), a impossibilidade de exercer atividade autônoma (22%) e a redução na carga horária de trabalho (20%), além dos gastos médicos (14%), foram as principais causas do endividamento de 90,7% dos consumidores brasileiros em situação de inadimplência durante o período mais agudo da pandemia. Os impactos ainda perduram entre 80,5% deles.

As conclusões são de um estudo promovido pela multinacional alemã de serviços financeiros Multivalor. A pesquisa revela que quando falta dinheiro no orçamento, a prioridade de 31,5% dos entrevistados é pagar o aluguel. Na sequência, vêm as contas de consumo, como água e luz (26,4%), e a fatura do cartão de crédito (13,1%).

“O cartão de crédito é importante, por ser usado como complemento do orçamento das famílias. Mas, em uma situação de falta de dinheiro, garantir a moradia e as condições básicas relacionadas ao morar, como água e luz, vêm primeiro”, explica Phelipe Alvarez, vice-presidente da Intervalor.

Quando questionados sobre as situações inesperadas que bagunçaram o orçamento, os consumidores voltaram a apontar a perda de emprego na família (situação de 25%), a ajuda financeira a um familiar ou amigo (20%), os gastos médicos (19%), a manutenção do veículo (18%) e o conserto emergencial da casa (11%).

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