Gente como a gente, Companheiros! Tudo o que precisamos é uns dos outros.A gente lê jornais / ouve rádio / vê TV – e fica deprimido, no mais baixo astral. E isso vira-se contra nós, em favor de quem está no poder, os insaciáveis. E esmorecemos na luta pela vida a que temos direito.

Gente como a gente, Companheiros! Tudo o que precisamos é uns dos outros.A gente lê jornais / ouve rádio / vê TV – e fica deprimido, no mais baixo astral. E isso vira-se contra nós, em favor de quem está no poder, os insaciáveis. E esmorecemos na luta pela vida a que temos direito.

Especialmente quem – como nós – nada quer dos outros, mas exige o que é seu. Vamos dar fim a essa tristeza, Companheiros? Vamos recuperar a alegria de viver, com bom-humor, para abrandar um pouco a dureza do tempo que estamos vivendo? Minha proposta: contra o pessimismo da Razão, vamos contrapor o otimismo da Vontade. Sim, da Vontade que é apanágio dos fortes de caráter e espírito de luta. Gente como a gente, Companheiros! Tudo o que precisamos é uns dos outros.

Lembro o livro de Tão: "Você não pode evitar que as aves da tristeza sobrevoem a sua cabeça, mas tem de impedir que elas façam ninhos em seus cabelos". E um lembrete do escritor australiano Morris West: "Neste exato momento penso que – maior que o medo que vos tenho – é o medo que tendes, senhores, de mim". Evite acidentes: faça tudo de propósito. Boa sorte, Companheiros!

Carlito Maia não é uma hiena, mas prefere o riso ao choro

Novembro de 1991

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