O ano de 2021 chega ao fim, mas as dificuldades advindas das questões econômicas, sociais e políticas que vivemos nele estão longe de ser superadas. Muito pelo contrário. Neste ano, sob um governo federal com absoluto descaso com a população de seu país, vimos o país chegar à trágica marca de mais 620 mil brasileiros e brasileiras vítimas da Covid-19, muitos que poderiam ainda estar conosco, se não fosse o negacionismo do presidente e sua trupe. Também vimos o avançar da fome tornar-se realidade para parte significativa das famílias brasileiras.

Colocar comida no prato ficou cada dia mais caro. Assim como pagar pelo básico: gás, luz, moradia, combustível. Os baixos salários, a informalidade e o desemprego tomaram conta da vida dos moradores e moradoras das periferias brasileiras. E, somado a tudo isso, grande parte dessas pessoas ainda precisa sobreviver sob as condicionantes do racismo, do O ano de 2021 chega ao fim, mas as dificuldades advindas das questões econômicas, sociais e políticas que vivemos nele estão longe de ser superadas. Ao contrário, neste ano, sob um governo federal com absoluto descaso com a população de seu país, vimos o país chegar à trágica marca de mais 620 mil brasileiros e brasileiras vítimas da Covid-19, muitos que poderiam ainda estar conosco, se não fosse o negacionismo do presidente e sua trupe. Também vimos o avançar da fome tornar-se realidade para parte significativa das famílias brasileiras.

Colocar comida no prato ficou cada dia mais caro. Assim como pagar pelo básico: gás, luz, moradia, combustível. Os baixos salários, a informalidade e o desemprego tomaram conta da vida dos moradores e moradoras das periferias brasileiras. E, somado a tudo isso, grande parte dessas pessoas ainda precisa sobreviver sob as condicionantes do racismo, do machismo e do preconceito de classe. São sobretudo a essas pessoas que os direitos humanos são cotidianamente negados. Por isso, na ocasião da data de 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, trazemos esse tema para reflexão e debate nesta edição da Revista Reconexão Periferias.

Nos somamos àqueles e àquelas que têm a convicção de que direitos humanos devem ser garantidos para todos e todas, e que é responsabilidade do Estado, nas suas diferentes esferas de poder, construir políticas públicas que assegurem esses direitos. Entendemos que defender os direitos humanos é defender a vida.

Compartilhando dessa compreensão, temos o artigo da Rede de Proteção e Resistência contra o genocídio, que apresenta este movimento, seus pilares básicos (o anticapitalismo, antiproibicionismo e antipunitivismo), e debate a necessidade da construção de ferramenas de apoio e proteção em relação às políticas públicas e estratégias locais de resistências para a garantia dos direitos humanos nas periferias.

Na entrevista do mês, conversamos com Rodrigo Mondego, advogado, que atua como procurador da Comissão de Direitos Humanos e Assitência Judiciária da OAB-RJ. Mondego tem foco nas ações de denúncia de violações de direitos humanos em casos de abusos policiais e guerra de facções. Na entrevista, ele afirma que apesar de difícil, o problema da segurança pública no país tem solução, e passa por construir políticas sociais de geração de renda, emprego e direitos.

O coletivo mapeado desta edição é o Centro de Defesa de Direitos Humanos e Educação Popular, sediado em Rio Branco (AC). O coletivo nos conta sobre sua história desde a formação e também sobre os desafios atualmente encontrados para sua atuação, em parceria com o Programa Nacional de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas, para promover o abrigamento dessas pessoas, além de oferecer assistência jurídica a elas.

Na seção “Quando novos atores entram em cena”, batemos um papo com Paolla Miguel, vereadora em Campinas (SP) pelo PT, jovem, negra, que tem em seu primeiro mandato legislativo o foco de atuação no combate ao racismo, ao machismo e na construção de políticas públicas transformadoras da realidade das periferias da cidade.

Esperamos que mesmo com todas as adversidades às quais precisamos sobreviver neste ano, possamos seguir lutando juntos e juntas, resistindo e construindo saídas coletivas, de muita esperança, dignidade e com direitos humanos para todos e todas no próximo ano!

Boa leitura! Que venha

2022!