Foto: Arquivo pessoal

Nascido em 31 de agosto de 1995, na cidade de Manaus, Ian Lecter é rapper, compositor e produtor cultural. Deu início à carreira em 2015, participando de eventos de rap, festivais de cultura e batalhas de rima, mas desde muito cedo o artista teve intenso contato com música por influência de sua família. Já na infância cantava em coral, em um centro de convivência próximo à casa de sua avó. Seu primeiro trabalho autoral foi lançado em 2015, o single “A quem queira enxergar”. Temas como ancestralidade, questões étnico-raciais, sociais, questões políticas e amor estão presentes nas composições do artista desde então. Em 2016, ele se uniu ao rapper Saul para montar o grupo ARKAICA, que foi revelação na cena do rap naquele ano na cidade. Em 2017 chegou a fazer mais de 45 shows, com aparições em todas as zonas da cidade de Manaus. Aprofundou-se nas áreas de produção de áudio junto de seu parceiro Saul, passando assim a produzir seus trabalhos de forma totalmente independente. Ao longo de sua trajetória, passou a exercer uma conexão ainda mais intensa com o seu lado artístico voltado à ancestralidade, guiado por expressões culturais, todas ligadas a uma herança inteiramente preta, africana e afro-diaspórica.

No ano de 2020, o artista lançou seu primeiro álbum intitulado “Cor da Alma”, que conta com nove faixas que mesclam estilos que vão do Rap ao R&B, com muita influência da música africana. O disco conta ainda com Victor Xamã na produção musical. O artista participa das atividades culturais da cidade de Manaus, tendo destaque seu envolvimento na organização/produção do Motirõ de Cultura da UFAM (2018 e 2019) e o evento “Batalha da Sul” (2016 e 2017), junto ao Coletivo Lado Preto, além dos shows: Virada Sustentável (2016), Festival Amazônia Hip Hop Show de abertura para Racionais Mc’s (2016) e show “Personalidades Negras e Mostra de Música” do festival “Até o Tucupi” (2019).

Desde cedo (2020)

Sensatez que se foda, o ódio acumulou
Não me sentia sozinho
A morte dançou comigo!

Quase que eu me apaixono e com ela faço um filho!
A vista da janela quase nunca me inspira

Tô Inventando sentidos pra palavra família, as 4 da manhã eu só queria tá
dormindo
O que tira meu sono é o sistema corrompido!

Porra tá no meu sangue pai eu sei que consigo
Ansiedade vem e ela fode comigo!

Não faz sentido amar e não demonstrar amor, eu fui um bom aluno sei
que cê se orgulhou, as vezes de manhã ainda ouço o seu grito!

CONTATOS:
Email: [email protected]
Cel: (92) 98853-8201