Afinal, o que é periferia? Periferias no plural, livro que será pré-lançado em Salvador (BA) em 7 de dezembro, traz uma dimensão ampla, inclusiva e múltipla de coletivos e movimentos sociais periféricos de todo o Brasil. Ela abrange espaços urbanos e rurais, centros e margens, perspectivas local e global, além da conexão entre vários territórios que, mesmo distantes, compartilham experiências comuns. Organizada pelos cientistas sociais Paulo Ramos e Victoria Braga, pela antropóloga Jaqueline Lima Santos e pelo internacionalista Willian Habermann, a publicação reúne 25 artigos de 43 autores e estará disponível para ser baixada gratuitamente após o pré-lançamento.

A coletânea resulta de uma parceria entre o Projeto Reconexão Periferias, da Fundação Perseu Abramo, e a Friedrich-Ebert-Stiftung Brasil, cujo objetivo é ampliar o debate em torno da ideia de periferia. E ainda sistematizar, elaborar, pensar e compartilhar noções mais abrangentes para romper com ciclos de exclusão, valorizar a diversidade e erguer a voz de grupos historicamente discriminados.

A ideia de periferias plurais apresentada foi formulada a partir de contatos com quase mil organizações periféricas mapeadas pelo Projeto Reconexão Periferias nos últimos anos e a partir das experiências, pesquisas e práticas de autoras e autores que contribuíram com a publicação. O livro coloca no centro do pensamento sobre as periferias noções enunciadas pelos próprios sujeitos que se apresentam como periféricos, problematizando quais são os fatores que os colocam nessa condição e as potências e formas de reexistências que elaboram a partir desses lugares.


O livro é organizado em 7 eixos: periferias (in)visíveis, periferias de povos e comunidades tradicionais, periferias rurais, periferias urbanas, periferias no centro, periferias econômicas e periferias globais.