Evento fala sobre periferias do ponto de vista da comunicação digital
O livro “Periferias no Plural” teve uma mesa de lançamento no Rio de Janeiro, durante a terceira Jornada de Territorialização 2024, realizada pela Fundação Perseu Abramo e pelo projeto Reconexão periferias em parceria com a Fundação Friedrich Ebert Brasil e o Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro.
Estiveram presentes o sociólogo e coordenador do projeto, Paulo Ramos, além dos autores Adilson Vaz Cabral Filho, que é professor da Universidade Federal Fluminense, e a publicitária Cinthya Pires de Oliveira. O Secretário Nacional de Juventude do Governo Federal Ronald Luiz dos Santos participou como comentarista.
“A ideia de periferias no plural surge como uma tentativa de solucionar falsas contradições. Por exemplo, a ideia de que a luta das mulheres ou da população negra poderia atrapalhar a luta de classes. A ideia de periferias no plural surge como uma síntese de contradições que são de raça e classe, de origem étnica e territorial. Essa ideia de periferia não se limita às pessoas localizadas nos grandes aglomerados urbanos e pode pautar a realidade das pessoas”, pontuou Paulo Ramos, que é um dos organizadores do livro.
O professor Adilson Vaz Cabral Ramos, autor do texto “Periferias no centro da atenção, o senso comum ressignificado na esfera pública digital da internet”, publicado no livro, falou sobre o grupo de pesquisa Emerge – Centro de Pesquisas e Produção em Comunicação e Emergência, que tenta justamente pensar a periferia do ponto de vista da comunicação. “Olhar a periferia dessa forma é olhar a comunicação comunitária e reivindicar uma condição distinta daquela de segregados, escanteados, conceito tradicional de periferia para a sociedade de modo geral”, disse.
A publicitária e jornalista Cinthya Pires de Oliveira, especialista em Comunicação Pública e pesquisadora no Emerge, coautora do artigo “Periferias no centro da atenção, o senso comum ressignificado na esfera pública digital da internet”, falou sobre sua experiência como moradora de São Gonçalo. “Busquei com minha pesquisa desenvolvida na Universidade Federal Fluminense pensar o direcionamento da audiência em prol da parrticipação social e mobilização das comunidades”, afirmou.