(com informações de Maurício Barros)

Nascida em Mossoró (RN), mas criada na Praia de São Cristóvão, na comunidade de Areia Branca, Maria de Lourdes encontrou na arte uma forma de expressar sua jornada pessoal e as complexidades da identidade diaspórica que movimenta sua herança negra.

A artista potiguar traz consigo as raízes ancestrais e a expressão vibrante para conduzir a arte como afirmação de um povo. Suas produções e obras destacam o impacto da narrativa visual seguindo um olhar anticolonialista.

Considerada autodidata, os primeiros contatos com a arte vieram logo na infância. Com outros trabalhos fora da pintura, a artista já dirigiu e produziu duas exposições individuais: Corpo Diaspórico (Sesc – Mossoró, 2021) e Afrocentro (Beco dos Artistas, 2022).

A essência dela é construir uma imagem positiva e próspera sobre a população negra, trazendo uma visão decolonial, inserida no contexto de heranças e saberes da população, especialmente no nordeste potiguar. “Meu trabalho sugere um imagético para a população negra em seu território em que se constrói e se revisita visualidades positivas e prósperas”.

Em julho de 2023 seu trabalho esteve na Pinacoteca do Estado do RN com a exposição Modos de Ver e Modos de Ser Visto, com curadoria de Sânzia Pinheiro e realização do Centro Cultural do Banco do Nordeste (CCBNB).

Chegando a lugares até então imagináveis, a artista foi convidada a compor com cinco obras, a maior exposição anual do Museu de Arte do Rio (RJ), a coletiva Funk: Um Grito de Ousadia e Liberdade, em cartaz até agosto de 2024.

A obra Sambalanço/memória corporal, 2023, de composição da artista, agora faz parte do acervo de obras de arte do Banco do Nordeste, que viabiliza a exposição coletiva e itinerante Nordeste Expandido: estratégias de (re)existir, que irá circular pelos Estados de atuação do banco, onde se podem encontrar obras da artista. A mostra atualmente está em Recife (PE)

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