Carlos Henrique Árabe fala sobre pesquisa do CASB ao programa Debates Le Monde Diplomatique Brasil


O diretor da Fundação Perseu Abramo, Carlos Henrique Árabe, concedeu entrevista ao programa Le Monde Diplomatique Brasil, realizado em parceria com a TVT e a TV PUC (SP).

Questionado por Silvio Caccia Bava, ele tratou da pesquisa “As Classes trabalhadoras”, produzida pelo Centro de Análise da Sociedade Brasileira (CASB) e divulgada há algumas semanas.

“Com as mudanças na classe trabalhadora no mercado, há segmentos que, simplesmente, não tem chance de se aposentar, da proteção frente a acidentes de trabalho, e estão longe de outras formas de seguridade social”, avaliou Árabe, que coordenou o levantamento do CASB.

A entrevista também abordou a visão que os trabalhadores brasileiros têm de si mesmos, suas preocupações com garantir renda e a disposição de se organizar coletivamente – em sindicatos por exemplo.

Segundo, Árabe, os trabalhadores por aplicativos, por exemplo, não tem organização política formal e nem as formas antigas conseguiram um grau de “ampliação ou flexibilização” capaz de absorvê-los ainda.


AS CLASSES TRABALHADORAS
– A investigação do CASB foi organizada em duas etapas. A primeira, de ordem qualitativa, ouviu presencialmente 14 grupos focais formados por trabalhadores informais da Grande São Paulo: motoristas e entregadores que atuam em empresas de plataformas e profissionais dos ramos de beleza, cuidado e limpeza.

A partir da análise das informações coletadas, houve a realização da fase quantitativa, que consistiu em 4.017 entrevistas, no país todo, com a população economicamente ativa entre 18 e 55 anos.

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