"Yago Corrêa de Souza, de 21 anos, foi preso por um crime que não cometeu. Ele saía de uma padaria no Jacarezinho, comunidade da zona norte do Rio de Janeiro, quando avistou um tumulto na rua, envolvendo policiais militares, e entrou em uma farmácia para se proteger. Imagens da câmera de segurança do local flagraram o momento em que o jovem foi abordado por um PM que apontava um fuzil em sua direção. Yago foi levado à delegacia e preso por, supostamente, estar associado ao tráfico de drogas. 

Ele deixou o presídio dois dias depois após o juiz entender que não houve provas suficientes para mantê-lo preso. Mas ainda deve aguardar em liberdade pelo julgamento definitivo do Tribunal de Justiça do Rio. Yago entrou para as estatísticas. 

A pesquisa Elemento Suspeito, lançada nesta terça-feira (15) pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), aponta que homens, negros, de até 40 anos, moradores de favelas e periferias, com renda de até três salários mínimos são os principais alvos dos agentes de segurança do município carioca. Mesmo representando 48% da população no município, o percentual de pessoas negras abordadas pela polícia chega a 63%. E 17% delas já foram paradas mais de 10 vezes."

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