"Após mudança estratégica na área ambiental, o governo brasileiro deve vender uma nova imagem da sua política ambiental, a de um “Brasil real”, durante a COP26, que começa no próximo domingo (31), em Glasgow, na Escócia. A narrativa de que o maior país da América do Sul é também um dos que mais preserva no mundo, segundo ambientalistas, atende às perspectivas brasileiras de faturar com o mercado de carbono - certamente, um dos temas principais desta edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Em relatório divulgado no dia 25 de outubro, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência ligada à ONU, demonstra que o nível de gás carbônico na atmosfera alcançou novo recorde, mesmo com a pandemia, o que aumenta o desafio de limitar o aquecimento médio do planeta à 1,5 graus centígrados, em comparação ao período pré-industrial. Diante deste e outros indicadores, os 200 países presentes ao evento também estão sendo estimulados a apresentar metas mais ambiciosas para a redução da emissão de gases do efeito estufa."