Por Leonardo Fuhrmann, para o Joio.

O termo agro estava presente em caminhões, camisetas e nos discursos dos protestos antidemocráticos do dia 7 de setembro, em Brasília. As manifestações tiveram o cheiro do diesel dos caminhões que invadiram a Esplanada dos Ministérios e das picapes com bandeiras verde-amarelas que fizeram diversos buzinaços ao longo da semana. A menção ao setor não foi por acaso.

Mesmo que alguns líderes tenham feito afirmações em defesa das instituições, o combustível das manifestações veio do agro de várias formas. A mais clara foi o vídeo gravado no mês passado, dentro da mansão da Aprosoja Brasil, em que o cantor Sérgio Reis fez um chamado às manifestações. Ao lado dele, estava o presidente da entidade, Antonio Galvan. O dirigente passou a ser investigado junto com a própria Aprosoja pela participação na organização e financiamento dos atos. A entidade chegou a ter suas contas bloqueadas por decisão do Supremo Tribunal Federal.

A influência dos diferentes setores do agronegócio na gestão Jair Bolsonaro fica evidente na participação de seus expoentes em cargos do primeiro escalão do governo, notadamente na Agricultura e Meio Ambiente. E, no Legislativo, na atuação da Frente Parlamentar da Agropecuária, a maior do Congresso. Para apresentar as demandas dos empresários e produtores rurais, foi criado em 2011 o Instituto Pensar Agro (IPA), a face econômica da bancada ruralista. FPA e IPA atuam em conjunto, cada um de seu lado. 

Para entender isso, o especial Agro é lobby mergulha em documentos inéditos do Instituto Pensar Agro obtidos pela reportagem de O Joio e O Trigo sobre a atuação da entidade junto ao Congresso, para mostrar as pautas prioritárias por temas e quem são os operadores do lado político e do lado econômico de cada um desses interesses.

Leia a reportagem completa em https://ojoioeotrigo.com.br/2021/09/documento-mostra-quem-sao-quais-os-interesses-e-como-operam-os-representantes-do-agronegocio-em-brasilia/