El País

Desde a triste década de setenta, que acabou provocando a chegada do neoliberalismo de Margaret Thatcher, não era habitual que os consumidores do Reino Unido —que disputa com a França o posto de segunda maior economia europeia— recebessem pedidos de desculpas por um descumprimento contratual, nos seguintes termos: “Prezado cliente, o serviço de entrega para o seu código postal foi suspenso durante dois dias para que nosso armazém possa aliviar o atraso acumulado. O aumento de demanda e a escassez de motoristas levaram a esse acúmulo”. Não foi o primeiro e-mail com estas características que chegou à conta de Daniel Juliá, um espanhol radicado em Londres há décadas e que mantém, junto com um sócio, uma empresa de distribuição de material de hotelaria e outra de distribuição de gelo. “Para a distribuição do gelo precisamos de pelo menos 12 motoristas. Se algum deles falhar, tenho um sério problema, porque é complicadíssimo encontrar um substituto atualmente.”

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