Ao menos dez estados começam a retomar as aulas presenciais, após dezesseis meses de escolas fechadas na pandemia. O Ministério da Educação não fez, até hoje, um levantamento nacional sobre o impacto do isolamento no aprendizado das crianças e adolescentes. O que se sabe é que, no universo de 47 milhões de estudantes matriculados no ensino básico, os mais pobres e os que vivem em cidades com pouca infraestrutura foram os mais prejudicados. Antes da pandemia, ao menos 4,3 milhões de estudantes não tinham acesso à internet, e, durante o ano letivo de 2020, apenas 6,6% das escolas públicas forneceram internet em domicílio para os alunos. Um terço dos colégios da rede pública não teve qualquer tipo de aula à distância – fosse ao vivo, gravada, pela internet, pelo rádio ou pela televisão. E mesmo a reabertura das escolas tem sido marcada por desigualdades: entre os alunos de maior renda, 38% estudam em colégios que voltaram a ter aulas presenciais, enquanto no grupo dos alunos mais pobres a proporção é de apenas 16%.

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