Existe um imperativo ético que aqueles que servem ao deus lucro e que reduzem suas vidas e seu caráter a isso não podem compreender. O imperativo de, diante do conhecimento de ameaças que se repetem contra aqueles que lutam contra as injustiças, fazer o que estiver ao seu alcance para proteger a vida dessas pessoas. Não é apenas eu que sigo esse imperativo ético. Embora bem menos do que gostaríamos, muitas pessoas também seguem. O meu compromisso ético e de outros que poderiam ter escrito em meu lugar é com a vida dessas pessoas. Nós que acompanhamos a realidade de trabalho e as lutas dos entregadores do iFood sabemos que eles correm um grau não negligenciável de risco. E é exatamente pela segurança dessas pessoas que os casos de ameaças a entregadores do iFood não podem ser tornados públicos em detalhes. Pelo menos não ainda. O ético a fazer nesses casos é expor publicamente a situação geral. A essa ética pela vida dos debaixo (e não pelo lucro dos de cima) o iFood chama de “fake news”.

Leia a íntegra do artigo no Le Monde Diplomatique.