Por Murray Smith, Jonah Butovsky e Josh Watterton | Tradução: Eleutério Prado, em Outras Palavras

A convulsão social de 2020-21 pode muito bem marcar uma virada importante na história mundial. A emergência global de saúde pública trazida pela covid-19 e a crise econômica associada produziram efeitos sociais e políticos extremamente disruptivos e de longo alcance. Mesmo antes do início da pandemia – note-se –, a economia mundial já estava à beira de uma recessão severa, titubeando após uma prolongada – e notavelmente morna – recuperação da Grande Recessão de 2008-09. Foi só isso o que era capaz de apresentar após várias décadas de crescimento lento, austeridade e problemas persistentes de lucratividade na esfera do capital industrial, em que se produz o valor e o mais-valor. A recessão, então, foi grandemente ampliada por bloqueios (totais ou parciais) impostos pelos Estados nacionais às indústrias, serviços governamentais e pequenas empresas. Como resultado desse processo, chegou-se a níveis de desemprego e de contração econômica que rivalizam com aqueles observados na Grande Depressão da década de 1930.

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