Do Portal do PT
A trajetória escolar dos jovens negros no Brasil é preocupante. Dados de uma pesquisa do Instituto Unibanco e do Porvir revela que a juventude negra tem maior índice de evasão e abandono escolar durante a pandemia do Coronavírus.
O despreparo do Ministério da Educação do governo Bolsonaro afetou o estudo de milhares de jovens negros da rede pública. Diante da desorganização educacional e da irresponsabilidade oficial, baseado em um racismo estrutural, a juventude negra ainda sofre desigualdade racial dentro da sala de aula. A Lei 10.639/03 sobre o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira não é aplicada corretamente.
Conforme o estudo, há uma diferença no perfil dos jovens fora da escola. No total da população de 15 a 17 anos sem estudar, 19% já completaram o Ensino Médio. Na população branca, esse percentual é de 28%, bem superior ao verificado entre os negros (15%).
Em 2009, o Ministério da Educação e a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da Universidade de São Paulo) divulgaram a Pesquisa sobre Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar. Após entrevistas com mais de 18 mil alunos, professores, funcionários e pais em 501 escolas de todas as unidades da federação do país, o estudo identificou que o fato de ser negro foi a característica mais citada entre os alunos como o principal motivo de bullying.