"Este artigo, intitulado originalmente de “O despertar da linguagem mapuzugun no processo constituinte e a descolonização do pensamento do povo do Chile”, foi publicado no livro digital Wallmapu — Ensaios sobre plurinacionalidade e Nova Constituição.
A luta pela língua é política, epistêmica e ética. Se o povo mapuche exercesse o poder político, sua língua também seria poderosa como foi nos tempos coloniais, aqueles que entraram no território Wallmapu deviam falar mapuzugun ou levar tradutor, ou intérprete. É epistêmico porque a língua contém os saberes construído ao longo da história; não é o mesmo o conceito de pessoa, mundo, território em uma língua do que, em outra, porque a língua e a cultura influenciam-se mutuamente; e é ética porque a língua está ligada ao ser, a sua humanidade; impedir que uma pessoa ou comunidade use um idioma é um ataque sua própria condição. Nas línguas os povos guardam as memórias, expressam o presente e definem o seu futuro. Portanto, não é por acaso que, no processo constituinte do Chile, o mapuzugun emergiu nas ruas e mobilizações junto com símbolos como o wenufoye ou bandeira mapuche."
Leia a íntegra do texto de Elisa Loncón publicado por Outras Palavras aqui.