Por Guo Rui - texto original pode ser lido aqui.
A presença da cepa do vírus Delta tornou a transmissão do último surto de 119 casos mais rápida, diz o chefe adjunto do Departamento de Tecnologia Científica de Guangzhou
Guangzhou, no sul da China, recorreu a seus melhores laboratórios e empresas biológicas para liderar o programa de testes mais extenso do mundo para prender uma propagação furtiva, mas fervilhante, do coronavírus na metrópole.
A cidade, que abriga 18 milhões de pessoas, relatou quatro novos casos de Covid-19naquinta-feira - mais de duas semanas depois que um paciente infectado foi encontrado em seu distrito urbano de Liwan. Até agora, 119 casos foram identificados, incluindo sete portadores assintomáticos.
Sun Xiang, chefe adjunto do Departamento de Tecnologia Científica de Guangzhou,
disse na quarta-feira que a transmissão do coronavírus no surto de Guangzhou foi rápida por causa da presença da linhagem Delta.
A cidade recorreu a grandes empresas como a KingMed Diagnostics e a Da An Gene Copara testes massivos e repetidos, esperando descobrir todos os pacientes Covid-19omais rápido possível para evitar que o vírus se espalhasse.
Um programa de testes na cidade de Ho Chi Minh no Vietnã no mês passado cobriu todos os 13 milhões de residentes, tornando-o o maior esquema de testes realizados em cidades fora da China. Em Guangzhou, entre 26 de maio e 7 de junho, foram administrados cerca de 28 milhões de testes - superando em muito o programa da cidade de Ho Chi Minh.
A Sun disse que só a King Med Diagnostics podia realizar 350.000 testes por dia e cada teste era capaz de incluir até 10 amostras individuais. Guangzhou tem até 23 empresas e institutos de testes Covid-19 qualificados que compõem a linha de frente de defesa da cidade contra o coronavírus.
Além disso, Guangzhou converteu o Estádio de Guangzhou em um enorme centro temporário de testes que pode processar 1,5 milhões de testes por dia.
Todos os casos identificados no último surto de Guangzhou podem ser rastreados até uma mulher de 75 anos no distrito de Liwan. A mulher, que não tem um histórico de viagem fora de Guangzhou, foi encontrada infectada pela cepa altamente transmissível inicialmente detectada na Índia, agora denominada Delta pela Organização Mundial da Saúde. Ela teve alta do hospital na quinta-feira.
"Estamos em um momento crítico em nossa luta contra o vírus, e nosso trabalho de prevenção e controle requer o apoio e a cooperação ativa de todos. [Exorto] a seguir as exigências e diretrizes relevantes e ser paciente", disse Chen Bin, porta-voz da Comissão de Saúde de Guangzhou, na quinta-feira.
O Coronavírus, que surgiu pela primeira vez em Wuhan, na China central, em dezembro de 2019, já se espalhou pelo mundo, infectando mais de 174 milhões de pessoas. Embora a China tenha agora o coronavírus sob controle, ela deu início a uma campanha de vacinação em massa em todo o país para melhorar a imunidade das pessoas e conter a infecção. Mais de 808 milhões de doses foram administradas até terça-feira.